O Triatlo de Vila Nova de Gaia em Imagens (Pessoais)!

31/08/10



Conforme o prometido, apresento-vos as fotos pessoais retiradas do evento do passado Domingo. E daqui envio uma mensagem clara para um companheiro destas andanças, mas de nível avançadíssimo, tal a categoria do homem: David Caldeirão. Lamento, mas a melhor fotógrafa do mundo vive aqui deste lado........não? Bom, vamos dividir o epíteto entre as duas, a tua esposa e a minha, classificando-as ambas como "as duas melhores fotógrafas do mundo". Negócio fechado? Óptimo!    

Espero que gostem e que se revejam. Adianto já que vos proponho um desafio: escolher a melhor foto apresentada, depois de uma selecção que ainda teremos (aqui em casa) de concretizar. Acham bem?

Divirtam-se, companheiros, e abraços triatléticos.

Fase 1:





Fase 2:





Fase 3:



Triatlo de Gaia, o Regresso!

30/08/10





Nem sei bem por onde começar, se opinar sobre a minha prestação, dando azo a que  minha alta auto-estima actual domine o meu pensamento, tirando-me quiçá discernimento, se pelos resultados da prova, quer masculino, quer feminino, se pelo lado do convívio antes e após a prova, sempre um momento de importância capital, porque não ando nisto apenas por prazer narcisista.

Começo pela prova em si, a última desta época, respeitante à Taça de Portugal na modalidade: num dia fantástico, com excelente temperatura, zero vento, afinal a neblina não apareceu (talvez não tenha sido convidada), maré a baixar, tendo por isso sido a razão da antecipação da hora de início, enorme vitória do simpático "puto" Miguel Fernandes, a confirmar o excelente momento de forma que atravessa, após a conquista da medalha de ouro que é do conhecimento de todos. E com uma vantagem que não deixa margem para dúvidas. Os parabéns que te enderecei foram bem merecidos, Miguel! De parabéns estamos todos, bem entendido, mas uns mais que outros, porque procuram o melhor desempenho, porque lutam por isso e chegam ao cenário e dominam a cena. Foi o caso do João Amorim, Fabrício Tomás, Diogo Custódio, enfim...No sector feminino uma agradável surpresa, ver a Katarina Larsson conquistar o primeiro lugar do pódio e com uma vantagem fantástica. Grande prova. A Joana Marques não esteve mal, nem a Andreia Ponte, mas...estiveram longe da Luso-Sueca (penso). 
Grandes performances também se verificaram em diferentes escalões, no meu, por exemplo, onde o Emanuel Marques dominou a seu belo prazer. Eu....já lá irei. Em V1, lamento a parcialidade, mas foi pena que o Fernando Carmo tivesse ficado a alguns "milimetros" do pódio. Provavelmente nem era seu objectivo. Nunca é, dirão, mas lá que sabe bem...Em séniores, três grandes craques nos três primeiros lugares, e muito bem escalonados na tabela geral. Refiro-me a Tiago Neves, Rodrigo Baltazar e Tiago Lobo. Em V3, para além da vitória de António Moura, gostaria de destacar o 2ºL de Vasco Santos, esse sorridente companheiro. 
Por equipas, à que dar os parabéns ao Compeed-Tri-Oeste, em femininos, e ao Alhandra Sporting Clube, em masculinos, porque se anda a trabalhar bem por aqueles lados. No geral, verificar que participaram 30 senhoras e 152 senhores é um bom número para demonstrar que pelo meio, muita gente do norte vai aderindo ao triatlo.

Esta prova marcou o meu regresso à modalidade. Finalmente! Agora já estou mais calmo, ou direi, controlado, mas o meu contentamento só poderia ser comparável àqueles momentos em que no Natal recebia (tive essa felicidade) aquele presente por que tanto ansiava. Mimoso do caraças, pensarão. A verdade é que após não sei quantas sessões de fisioterapia, avanços e recuos na tentativa de correr, muitas expectativas e outras tantas frustrações, consegui aquilo por que tanto ansiava: completar um triatlo. Passaram mais de 12 meses desde a minha última participação em idêntico evento e é claro que no final me emocionei logo após cortar a meta. Tratou-se de uma luta entre mim e o azar ou infortúnio ou as dificuldades estruturais do meu corpo, sei lá. Mas hoje venci e por isso festejei na passagem da meta, para dentro, essencialmente, como se tivesse vencido a prova, facto que acabou por acontecer: vencer a "minha" prova. As marcas, os tempos, não eram o meu objectivo principal. Queria apenas fazer bem, sentir-me assim, como me senti, bem. A natação acabou por ser melhor que o esperado, tendo feito o meu melhor tempo de sempre. E senti-me melhor à medida que esse foi passando. Como será em Setúbal? Espero lá estar para ver como é, no dobro da distância. Será a minha estreia. É claro que levei uns puxões ainda no curso até à primeira bóia. Cheguei mesmo a pensar porque razão haveriam de implicar comigo, caramba. Com tanta gente por ali....claro, depressa discerni que também ia implicando com os outros. Não há culpas, há apenas pressa. Passar a primeira bóia afigurou-se-me um momento complicado, pensava eu enquanto me aproximava. Mas, acabou por não o ser e daí em diante nunca mais houve problemas do género. O trajecto para o parque de transição fez-me recordar que há muito não fazia isto. A recordação do efeito está cá, na cabeça e nas estruturas musculares, mas só isso. Porém, não evitou que a fadiga de facto se instalasse. Depois, demorei o tempo que já esperava demorar na transição para a bicla. Nada a fazer quando se pedala com sapatos de BTT e ainda não se está familiarizado com os elásticozinhos e que por via disso não se usam. É muito "amadorismo". Passando ao ciclismo, as duas primeiras voltas foram junto a um grupo de 3/4 rapazes, mas jeitosos, até ao momento em que, na passagem para a 3ª volta, decidem acelerar o sistema numas das subidas com que o percurso nos brindava. Nunca mais consegui recolar. E terá sido aí que perdi a possibilidade do...3ºL no meu escalão. Conscientemente não quero que isso me influencie. Inconscientemente sei que o cântaro tem ido algumas vezes à fonte. Até que um dia....Pois é. O meu 5ºL significou cerca de 43'' mais que o tal lugarejo, mas também significou outras coisas; por exemplo, que é muito tempo sem correr para ambicionar uma coisa desse tipo e que me esforço por não ambicionar, mas que martela quando me acontecem estas incidências, e que perdi imenso tempo na primeira transição. E a corrida correu muito bem, com as dificuldades esperadas logo ali, nos metros que se seguiram, mas que depois foram atenuando à medida que me aproximava do fim, a ponto de conseguir imprimir um andamento ligeiramente mais rápido. Afinal, à quanto tempo eu não corria abaixo dos 5'/km? Foi hoje. Resumindo: foi muito bom.

Não posso deixar de referir os companheiros de jornada, destas e doutras. Excelente rever o pessoal do CVP, sempre animados com aquela disposição que os caracteriza e que os faz desfrutar dos eventos com o real espírito desportivo, saudável. Parabéns, amigos. Foi bom receber os estimulantes incentivos do enorme companheiro que é o Pedro Brandão, sempre com uma palavra de ânimo cada vez que passava pelo lugar onde ele estava. E como foi saborosa a cavaqueira no final, amigo. Grande abraço! 
Tive pena de não encontrar o Paulo Pitarma, que disse que estaria por lá, mas com tanta gente não terá sido fácil distinguir-me, não é Paulinho? E quero também registar a adesão do Mark Velhote ao triatlo. Companheiro, procurei-te na classificação e a primeira impressão que tive foi: veio e venceu. Parabéns, Mark. A partir daqui nada será como dantes. 

E foi assim. Bem, depois seguiu-se o repasto num dos restaurantes especializados em tripas à moda do Porto. E sobre Porto, dizer que a cidade nos acolheu tranquila, prazenteira e com uma temperatura no ponto, nem demais, nem menos. O almoço, esse, foi saboreado como um prémio. 
Mais tarde, publicarei fotos do evento, facto que tenho de agradecer à enorme companheira que é a minha esposa, que para além do apoio nos bons e maus momentos, também gosta de estar presente e fixar momentos que ficam para sempre nas nossas vidas.


Quase quase a finalizar esta crónica, dizer que a organização esteve impecável. Parecia até que nos encontrávamos a competir na prova do dia anterior. Parabéns, Federação. Outra palavra para o público, bastante, incentivando, aplaudindo, este e aquele, independentemente dos lugares que ocupavam no momento. Eu cá recebi umas palminhas, como todos, aliás. E porque o Sábado foi dia de show para Portugal, foram grandes os sub 23 tugas, claro! João Silva, que num sprint para chegar mais cedo um segundo sagrou-se Campeão Europeu! Grande título, João, grande título. Este já ninguém te tira. E grande classificação do Miguel Arraiolos - 7ºL. Parabéns, rapaziada!

Next Stop: Viseu! Abraços triatléticos e boa semana, companheiros.


A Importância de Um Treino!

28/08/10




Há muito que não edito algo especificamente relacionado com treino ou metodologia do treino. Adiado há muito tempo, agendado para as férias, o certo é que há sempre desculpas. Embora sejam vários os assuntos que tenho em agenda abordar, o certo é que decidi escolher a "importância de um treino" dentro de um ciclo de preparação, seja microciclo, seja macrociclo,  depois de ler uma reflexão de um companheiro destas andanças. 
O que me chamou à atenção em especial  foi o facto de, motivados pelo rigor do planeamento de um treino para aquele dia, sujeitar o organismo a cumprir o plano, ainda que em horários desadequados, como por exemplo, noite dentro. Não há necessidade, como dizia o outro.
A verdade é que um treino, nas condições em que nós nos preparamos, e a sua perda, não é algo irrecuperável. Longe disso. Aliás, quantas vezes somos forçados a abdicar de um plano para aquele dia (por isto ou por aquilo) e isso produz em nós um efeito de supercompensação no(s) dia(s) seguinte(s) ou mesmo na prova do fim de semana que se segue. Já me aconteceu, acreditem. E também já vos aconteceu, acredito. Tal como o inverso, isto é, cumprir integralmente o plano de treino, totalmente, nas semanas antecedentes à prova, e aí, no dia X, a "máquina" falhar. Provavelmente fomos longe demais no propósito de estarmos bem preparados e não permitimos que a homeostase produzisse o efeito desejado a ponto de estarmos a 100% no tal dia. 
Portanto, tenho para mim que a falta de um treino provoca apenas, no sentido da provocação, entenda-se, a satisfação psicológica, desenvolvendo a ideia de que estaremos a falhar, mas não é verdade. Se não conseguimos treinar hoje, porque já é tarde demais, poderemos compensar no próximo dia, bem cedo, treinando depois de uma noite suficientemente reparadora (uma boa solução é, por exemplo, realizar uma sessão de alongamentos/stretching). E assim defendemos ou respeitamos os ritmos circadianos relativamente aos quais estamos obrigados a nos sujeitar. Obviamente que excluo as situações de necessidade da adaptação fisiológica às condições de competição que irão vigorar no dia da prova. Ainda assim, as condições de preparação desses treinos serão concerteza bem diferentes das condições normais de realização dos treinos, digamos, ordinários. Depois, há sempre alguns riscos associados, especialmente os que dizem respeito às lesões.  Imaginando, e trata-se apenas de um exercício, que os "prós" treinando noite dentro (23h/24h...por aí), muito provavelmente terão dormido uma bela sesta, compensando  dessa maneira o ciclo biológico do corpo humano. O que é bem diferente que treinar após um dia de trabalho.

Agora uma curiosidade sobre os ritmos circadianos; estes não se resumem à dinâmica fisiológica, mas estão igualmente sob a influência da astronomia, geologia e mesmo ecologia.

Abraços triatléticos.


I Triatlo de Gaia: Previsão do Tempo e Start List (Taça de Portugal).

27/08/10



Pois é, está aí a primeira edição do triatlo de Vila Nova de Gaia. E com isso há claramente uma abertura do Norte do País à modalidade, que paulatinamente vai também abraçando este género desportivo. Ainda bem, porque há imenso potencial por estas terras e arredores. Muita gente inscrita, a antever muita porradinha na natação. Já não sei o que isso é, mas depois do susto que apanhei em Penacova no ano de 2009, afinei desde então a minha estratégia de saída e assim espero continuar. É verdade; vou estar presente. Finalmente! 

O tempo antevisto é muito bom, muito pouco ou quase nada de vento. Apenas com a possibilidade de nevoeiro matinal. Será que vai ser necessário levar farois de nevoeiro? E está tudo pronto para o regresso da Taça de Portugal. 

Para todos, boa prova e lá nos encontraremos. Abraços triatléticos, companheiros.




Estou Pronto!

22/08/10




Hoje foi dia de ensaio geral! 
Pois é, companheiros. Corro, ou direi "ando apressado", à cerca de duas semanas, seguidinhas, imaginem só, seguidinhas, em gestão, é verdade, mas aqui e ali provocando "os" que me têm provocado a ponto de me enervarem MESMO, mas como fazemos parte da mesma entidade, que sou eu, e como não posso viver sem "eles", tenho de ser muito tolerante, como "eles" têm sido para comigo, especialmente quando decidi que o triatlo seria A modalidade, O desporto. Afinal, acho mesmo que quem está em dívida sou eu e não "eles". E regressado do sul  (ah! amado sul, bela Lisboa, tão cara que andas filha da..., mas bela e quente pa caraças, chiça!), das praias que me deixaram nadar quando as piscinas estavam TODAS! encerradas, e depois de haver decidido que hoje faria um ensaio geral para o triatlo de Gaia. E assim foi, venci o primeiro triatlo da minha época, em monólogo, mais por falta de companhia que por opção, mas tem sido sempre assim, ou quase. E correu lindamente, companheiros, lindamente. A ideia era perfazer 1350 mtrs de nado, mais 60 kms de bicla e 30' de corrida. Não foi bem assim. 
Chegado à piscina exterior de Esposende deparo-me com algo, para mim, insólito: muita gente. Eram 10 horinhas de uma manhã que deveria estar a acordar. O dia estava fresco, muito fresco, completamente submerso na neblina meio alta que me tinha recebido já no dia anterior. Temperatura 17º ponto qualquer coisa quando saí de casa. E saí tarde de casa porque com um dia assim nunca imaginaria que alguém se atrevesse a estar numa piscina exterior para...banhos, de água, pois de sol seria esquizofrénico, no mínimo. Debalde, demasiada gente para o meu gosto. E eu a ver o plano a andar para trás. Toca a aquecer para despachar. Primeira decisão; a segunda foi entre o fato de competição e o fato-boia. Bastou sentir a água meio salgada nas mãos para decidir: iria ser, como foi, com o primeiro. Terceira decisão, 1350 ou 900? Rápido também, 900. É muita gente, vou ter chatices, ainda dou umas cabeçadas em algum puto, mais o pai...não há necessidade. 900 foi. E correu acima, um pouco, do meu nível, longe dos tubarões da modalidade, mas fiquei contente, muito contente. Saída rápida da piscina, acesso rápido à carripana que me acompanha sempre nestas andanças e ...já em cima da bicla repenso na distância, 60 ou 40? O tempo estava realmente fresco e acentuava, caía uma cacimba que me inclinava para os 40. Já não seria mau, convencia-me. Distância olímpica, enfim. Mais um obstáculo, o ciclo não sei das quantas não funciona. Merda! Sacana! Bom, continuemos. Lá mais para a frente, decido-me definitivamente pelos 40. O percurso escolhido é 70% plano e restante subido. Os quadricipedes queixam-se um pouco, a média está fixe: acima dos 31km/hra. Porreiro, pá! Aaaah! a pressão na bexiga inicia um ciclo que me irá importunar e obrigar a ter de tomar uma decisão. Não é normal. Deveria ter urinado antes de nadar. E não ter bebido água enquanto nadava. É tarde, agora. Passo pela porta de casa, como o previsto no trajecto escolhido, faltam poucos quilómetros para o tal segmento. Decido parar rápido, só para o xixizinho que a não acontecer pode estragar-me completamente a corrida. Tenho sorte, a mulher está de saída para um caminhada, é só encostar a bicla e ããããããhhh, que alívio. Bora que se faz tarde. Apanho vários ciclistas, passo por todos, estou imparável e eles devem pensar "este vai cheio de pressa para onde?". Chegada à piscina, onde deixei a logistica. Largo a bicla, calço os ditos e ...aí vai ele, direitinho ao teste final. Os 30 minutos planeados acabam por ser cumpridos, benzinho. Falta a resposta do orgânico que se encontra perdida entre Agosto 09 e agora. Mas, corre-se qualquer coisa. Penso que vou acelerado. Quando avalio os parâmetros, enfim, a média verificada nos últimos tempos, entre 5 e 6 minutos ao km. 
No cômputo geral foi um ensaio muito bom. Tempos: 900mtrs em 19'49'' + 41,3 kms em 81' + 5,1kms em 30'.

É isso,companheiros, estou pronto!

Abraços triatléticos.


P.S.- Hoje fiquei a saber que a natação portuguesa adaptada alcançou TRÊS!! medalhas nos mundiais da modalidade. FANTÁSTICO, não é? Neste País, já pensaram bem no feito? Emanuel Gonçalves e João Martins foram os protagonistas maiores. 


Challenge de Copenhaga (Ironman): resultados.

17/08/10



David Caldeirão em 6º,  Alexandre Feliz 44º e Paulo Sequeira 91º, no escalão 35-39 anos. Espectáculo!
Parabéns, companheiros. Conseguiram.


Para consultar os resultados totais da prova cliquem no link abaixo.






BTT Malveira e outras estorietas...

15/08/10



(à espera do momento da partida)

(por esta altura, a farpela tava limpinha...ainda)
Pois é! Durinho, foi durinho o suposto passeio BTT. Bom, dado que os primeiros 30 kms foram sempre num virote de subidas, cada uma delas pior que a outra, até parece que concorriam entre si para nos ver sofrer, os restantes 20 kms, que não deixando de nos fazerem mossas nos ventres musculares e no interior do nosso crânio, acabaram por ser de passeio. Não porque a vista era fantástica, que sendo ou não nunca irei saber, dado que a focagem tinha de estar logo ali, à frente da roda. Mas, de passeio porque o corpo não dava mais, tinha de ser lento, lento, terrivelmente turbu-lento. Até as descidas, com alguns single tracks magistrais, tecnicamente exigentes, bastante exigentes, alguns a lembrar o trial, nitidamente. Aliás, para quem ama o BTT ( eu apenas gosto muito, ponto), o traçado foi espectacular: diversificado, descidas que exigem audácia, auto controlo e domínio do aparelho, subidas que exigem resistência vs força vs potência, naquelas alterações de terreno que obrigam a uma mudança rápida de velocidade, algumas eram insuperáveis. Mas, e não é a primeira vez, é-me mais difícil transportar a bicicleta à mão que ir sentado em cima dela, só que ela expulsa-me nessas ocasiões, a não ser que eu...consiga meter a tal mudança de velocidade, o que acontece se a força não faltar. 
Nesta prova aconteceu-me algo que nunca tinha ocorrido, e isto porque eu sou fã do sumo de laranja antes de qualquer competição. Porque hidrata e limpa o que está a mais nas "curvas do desespero". É que cheguei mesmo em cima da hora, apenas com tempo para levantar o coiso, pegar nos brindes (?) e acabar de vestir a farda, mais os acessórios. E como sou um bom organismo, a laranja trabalha muito bem no meu intestino e antes mesmo tenho sempre de visitar o café mais próximo. Hoje não deu. Resultado: a determinada altura, ainda dentro dos tais 30 kms, cada vez que me sentava após pedalar em pé, estimulava o apetite para. Adiei, adiei, mas às tantas já não deu mais. Quando regressei ao "comboio" alguém me disse de imediato que estava a batotar. Respondi que valia tudo quando a "fome" apertava. Foi a minha acção do dia a favor da natureza, alguém duvida?
No final, tinha ideia de fazer uma corridinha, para sujeitar o trem inferior, muitas horas a exercer o mesmo tipo de acção, monocórdica, alternar o tipo de mobilidade muscular e respectiva solicitação. Mas, senti algumas dores nos gémeos, ambos, e decidi não o fazer. Acabei por caminhar...a caminho do banho. Estou em tempo de gestão da minha lesão e tenho de ter cuidados redobrados. Quero ir a Gaia, carago!
A média foi das mais baixas que fiz em BTT: 13,3 kms/hra. Agora, façam um pequeno exercício de imaginação. Claro que não estou no meu melhor; procuro-o nos treinos que agora estão mais condimentados pela motivação que a corrida me proporciona. Depois, participar em provas tem sido um oásis este ano. Mas, consultei os dados relativos ao ano de 2009 e reparei que este passeio não faz jus ao nome, a não ser no espírito dos participantes. E no ano passado estaria num bom momento, por estas alturas. Afinal...  
( sem comentários)
Afinal ou no final do merecido almoço, mesmo não o sendo acabaria por sê-lo, porque apesar do provérbio dizer que quem corre por gosto não...a verdade é que estava esfomeado, e cansado, de tal modo que ainda hesitei em pedir à simpática romena que um dia descobriu a Venda do Pinheiro, ou foi obrigada a isso, para trabalhar, uma espreguiçadeira para saborear o cozido que serviu na perfeição. Mas não o fiz e continuei à procura da melhor posição na desconfortável cadeira de pau.
E não é que quando cumpria agora a minha parte no repasto anunciam, a passagem dos ciclistas da Volta a Portugal. Bom, o talão do multibanco fazia que saía mas não o fazia.
(o tal do Chuzda (?))

Ou gozando comigo, ia saindo às prestações. E eu dentro e fora, porque o poiso do almoço ficava ali mesmo à beira da passagem dos ciclistas. Grito "pega na máquina!!". "Ah pois é..."e aí vêm eles...os batedores.

Imensos, empurrando-nos para fora da estrada, porque esta tem de estar livre de transeuntes. E eu na volta ao multibanco. Decido fazer de empregado: corto uma cópia do talão, a primeira, mas o cartão ainda não tem autorização para ser retirado. Que treta! Lá vou eu e todos os que ali estavam. Todos? Não. Havia umas velhotas que impassíveis ao rebuliço que ali se instalou, continuavam a manducar. Passam os primeiros, os fugitivos. Reconheço o Oleg ucraniano (digo assim, porque o outro é complicado de escrevinhar), de verde. Sempre muito activo. Palminhas, palminhas. Merecem. Volto para tratar do cartão. Ah! Já tinha saído a outra cópia do cumprimento do meu dever e a autorização da máquina. Mas, que raio...onde estão os empregados e o patrão que ali, parece, que é quem trata das contas?? tudo lá fora. Digo a alguém que ainda sobra no interior "levo o cartão, ok?" " ah, sim, pode levar" responde a romena, no seu andar meio atarantado, mas competente. Regresso à rua, procuro a sombra na pausa da passagem do staf da prova.
(ai que ele cai...)

E lá vêm mais batedores, mais motas e finalmente o Palmeiras Resort, à frente, controlando a fuga, marcando o ritmo, definindo a cadência para que não permita grandes veleidades. É tudo muito rápido. O som! É único e entusiasmante. Dá vontade de ...não, foi só um impulso. Hoje já tinha tido a minha dose. Ainda vislumbro o homem da competição, David Blanco. Depois, é a impressionante logística que acompanha os atletas; carros, muitos carros, cheios de biclas de fazer inveja, a mim pelo menos. Eles são os comissários, mais os jornalistas, mais estes e aqueles. Enfim. A mulher fica impressionada também.

 A chegada foi visionada no conforto do sofá olhando a têlê. Digo já na minha opinião que o francês foi mal desclassificado. E nem sequer o entrevistaram. A isto chamariam xenofobismo ou qualquer coisa parecida, se fosse com um tuga lá fora.
(o carro que vos há-de transportar quando eu entrar em acção :))


O homem merecia opinar sobre o conteúdo. Enfim...temos tanto que aprender, disto e doutras tantas coisas.













Uma palavra para o João Silva que novamente repetiu um lugar de destaque numa prova do campeonato do mundo. Grande João. Por esta hora, há por aí  em terras da vikilândia quem esteja a ser "comido" até aos ossos, pelo ironman. Bom, será que já acabaram a prova? Penso em vós, companheiros, e no sofrimento que estareis a passar. Enfim, como dizia para mim próprio "quem corre por gosto...". Grande abraço.

Companheiros de leituras, deixo-vos algumas imagens, minhas e da "volta ao tutugal".

 Abraços triatléticos.


Esta Semana que ...

14/08/10




...passou foi marcada pelas férias, que continuam e se prolongarão por mais um tempo. O treino tem sido um dos pratos principais, sempre conciliando o tempo com a minha cara metade. Tem de ser. E a colaboração tem existido. Nem sempre acontece, mas é mesmo assim. Ou talvez não. Comecei a semana com um osso duro de roer: Tires-Odivelas-Tires. Visitar o meu pai era o objectivo, mais dois dedos de conversa e toca ao regresso. Foram 91 kms em três horas e meia. Já à muito tempo que não fazia uma média tão baixa: 25, qualquer coisa kms/hra. O traçado, durinho, mas principalmente os quase 40º fizeram de mim um fanico, de tal maneira que mal cheguei a casa fui direitinho para a banheira, a banhos de água que se pretendia fria mas que até a sentia morna. Foi terrivel. Cruzei-me com muito pouca gente do pedal. O perfil do trajecto não é seguramente o mais apetecível, mas a temperatura deve ter afastado muita gente dos asfaltos. Porém, foi interessante pedalar em estradas que normalmente percorri, quando aqui vivi, e ainda percorro, quando cá venho, de carro. E cruzar Sintra, mesmo quando o tempo não ajuda, é sempre motivo de satisfação, pela beleza e também pelo desafio que nos coloca, sem ser demasiado, é sempre interessante subir as empenas de um dos patrimónios mundiais mais belos. Lá hei-de regressar, para a semana, por outros lados, igualmente desafiantes, porque ao contrário do que se possa pensar, plano só mesmo na marginal ou junto ao mar porque para interior há muita montanha ou monte, que disfarçada pelo betão nos leva ao engano. 
A parte boa do treino, a especialmente boa, é que já corro; são duas semanas a correr. Calma! Têm sido em gestão de tempo (15' alternando aqui e ali com 20'), sempre numa média entre os 5 e os 6 kms/hra. De tal modo que se vislumbra no horizonte a possibilidade, agora forte, de me candidatar a um lugar na partida de Gaia, a 29 do corrente. Hoje até deu para fazer ciclismo com transição para a corrida. Isto tá a começar a carburar. 
E nadar? Tem sido um espectáculo nadar no mar de Carcavelos. E com companhia, alguns do Belenenses, outros não sei de onde. Sei é que tivemos todos a mesma ideia e que boa, a ideia. Até acertamos no percurso, o mesmo de todos. Poderia não ser. Uma hora a nadar é capaz de dar aí qualquer coisa como 3kms, para mais, não para menos. A água destes dias escaldantes que se fizeram sentir nos primeiros dias da semana estava tão apelativa que até arrisquei nadar sem fato. Mas, os 17º de temperatura começaram a provocar mossa no corpo a partir dos 40'. De tal maneira que quando saí da água tremia por todo o lado. O engraçado é que os companheiros que também nadavam iam quase todos como eu, em pele e osso. Nã! Aqui o je passou a nadar de fato nos dois dias seguintes. Depois, passei a ter saudades da ...piscina! Pois é. Procurei em todo o lado, até em Odivelas...tudo de férias, Jamor, Algés, Ameixoeira, Odivelas...desisti. Ok. Vai ter de ser no mar até que o capricho do tempo o permita. Desejei ter aqui mesmo ao lado Avô e a sua bela praia fluvial. Sonhos. 
A meio da semana fiz uma incursão pelo BTT, no Jamor, para preparar a minha participação, amanhã, nos 50 kms do passeio da Malveira. É sempre um prazer rever aqueles trilhos. Cruzei-me com mais gente do triatlo; uns que acabavam o seu treino de ciclismo, enquanto eu acabava o meu, e um ou outro que corria pelo belo complexo. Excelentes as condições. Não deixei de reparar que enquanto muitos correm para as praias, alguns, poucos, e já com alguma idade, procuram bem cedo fazer uma caminhada ou um footing por ali. Acompanhados ou não, por amigos ou pelo mais fiel amigo do Homem, não vá o diabo tecê-las, lá andavam eles, enquanto eu pedalando ia escolhendo à sorte qual a empena que haveria de superar.
Pelo meio, a semana ainda deu para fazer uma visita ao cinema, passear por Sintra, de máquina em punho, recordando esse lugar mágico, onde nos perdemos e rapidamente concluímos que serão sempre precisos mais dias, muitos mais que umas simples horas, para desfrutar das belezas que o Concelho nos oferece. 
Amanhã, Malveira, então, no que se está a tornar numa rotina de férias. Já no ano passado estive presente naquele passeio, que não é bem uma prova, mas onde cada um imprime o ritmo que bem lhe aprouver. 

Abraços veraneantes.


Treinos em Tempo de Férias: Variações.

08/08/10



Férias são férias, mas não deveriam ser para certas e determinadas coisas, como por exemplo, treinar!!! Logo agora que a disponibilidade é maior, ou deveria ser, que o tempo é favorável, ou deveria ser, que o espírito anda mais descontraído, como menos responsabilidades, ou deveria estar, logo agora que finalmente consigo correr 4!! leram bem, 4 sessões de corrida sem uma queixume, nem um lamento, nem uma dorzita (até parece que estou com saudades...), nada de nadinha, logo agora, meus amigos, que me deu alguma preguiça. Bom, nem tanto. Alguns afazeres de casa que idealmente se fazem com este calor meio brasileiro nordestino não permitiram que treinar e pintar e tratar da relva fossem muito conciliáveis. Mas, tentei, especialmente durante a semana passada. Isto de levantar às 7 da matina e não conseguir que seja bem a essa hora, dado que o calor nos expulsa da cama e obriga-nos a pernoitar aí algures, relembrando tempos em que o campismo era maravilhoso e belo e sedutor (e não deixou de ser, confesso). Que sabe bem, sabe. Que é uma delícia ter esse privilégio, é. Se assim não fosse, acho que iria chatear os vizinhos da cave do meu, salvo seja, suposto prédio e convidá-los a deixar-me pernoitar por lá, não sei se estão a ver a cena. Bom, deixemo-nos de fantasias. A verdade é que o descanso fica alterado e há pelo menos duas opções: conseguir ser disciplinado e ir meio a dormir em cima da bicla, acordando à medida que os carros vão passando por nós-um, ou ter de refazer o plano e adaptarmo-nos à hora em que efectivamente estamos despertos-dois. A opção tem sido mesmo a segunda. Ai que saudades dos dois anos últimos em que por estas alturas ele ía nas horas às 7 ou até antes. Pois é. A vontade também tem andado como atrás dizia, de férias. Mas isto de nos obrigarmos a fazer certas tarefas complica e muito a necessidade de nos mantermos treinados. Fingir ser pintor durante duas horas e qualquer coisa, largar tudo, tirar a tinta do corpo que dava para voltar a pintar tudo com se de segunda de-mão se tratasse e ter de escolher onde nadar; mar ou rio? sim, porque pedalar com 30º à sombra e mais não sei quantos ao sol não é muito convidativo. Sim, nadar é a melhor opção. O tempo escolhe por nós, aliás. Mas onde? Piscina, ok! Xiii, não dá, é só pessoal que mata num mês as saudades, legitimas, que tem da sua  terra. Mas, tantos que são, meu Deus. Mar? Ok. Xiii tá uma ondulação do catano. Fosga-se! Eu não te dizia? deverias ter ido pedalar e assim vinhas para a piscina quando vai tudo para casa. É isso. Burro do caraças. Amanhã vai ter de ser assim. Ok, praia então. (...) (uma hora e não sei quantos litros de água salgada depois): Assim num dá. É tipo Golias e Davidezinho. Não é fácil. As nortadas dão cabo da tranquilidade das águas. Já nem falo da temperatura da mesma, usa-se o fato e está resolvido, mais ou menos, quero dizer. Depois, há ainda o almoço e a fisioterapia!!! São mais duas horas entregue aos cuidados do amigo Diogo Cardoso, da FisioFão, que fazendo-me muito bem, me tiram imenso tempo de vida num só dia, imaginem em dois, três, quatro...60 e tal, que são as sessões a que já me sujeitei. Resultado final: pinta-se mais uma hora, tipo sprint, e larga-se o pincel, arruma-se tudo, tira-se mais uma lata de tinta do corpo e finalmente pega-se na bicicleta para fazer aquilo que deveria ter sido a primeira coisa a fazer pela manhã. Por isso a boa da  vontade também tem algumas atenuantes. E o cansaço toma conta de nós; o cansaço, o calor, as tarefas, o treino, a comida, tudo toma conta de nós, até que...surge uma luzinha no horizonte. Aparece a corrida, esta semana agora finda. Que saudades! Mas, calma. Isto vai tipo 15' de cada vez, não vá o "animal" enfurecer-se. Mas, foram quatro seguidas, caramba. Há quanto tempo. Para a semana vai ser a adicionar aqui e ali mais 5' e assim devagarinho, para se ele acordar, o tal do "animal", levar logo uma paulada que o ponha novamente a dormir um doce e eterno sonho. 

Praias Fluviais

Como sabem, tenho ligações fortes a Tábua. O lugar que outrora era tipo cu do mundo, hoje por hoje situa-se junto a um leque de opções de lazer fascinantes, também nesta altura do ano.Uma dessas opções são as praias fluviais. Ele é Penacova , Góis, Avô...há mais. Mas, esta última  constitui uma alternativa excelente para o treino da natação, e logo em águas de rio, menos densas, como menos capacidade para nelas podermos flutuar. Daí que no passado fim de semana tenha fixado Avô como campo de treino da natação, em detrimento da barragem da Aguieira, porque aos fins de semana nadar com motos de água e barcos não é um desporto muito seguro. É claro que temos de ter em atenção as horas em que o desejamos fazer. Terá de acontecer no período em que os outros gostam de manducar. Aí, é tudo nosso. 

Ciclismo

Também no fim de semana passado tive a oportunidade de conhecer futuros comparsas para ali (Tábua) treinar acompanhado, seja em estrada ou seja no monte. Os treinos têm andado algo irregulares, mas não estou preocupado porque estamos todos à espera de sua majestade, a dona corrida.  Mas, ficou-me uma pulga atrás da orelha. Aliás, mais que uma: fazer Tábua-Torre-Tábua que ali uns manos costumam fazer. É obra e, qual menino mimado, também quero, mas acompanhado. A outra pulga é mais modesta mas igualmente desafiante: fazer uma subida com algumas pendentes anunciadas de 10% ou mais, entre Vide e Seia, o que dá uma belíssima tirada entre Tábua e Seia e volta, passando por ali. E há mais, que agora não vou referir, porque elas são tantas e sempre com subidas de nos curvarmos perante as dificuldades que nos criam. Ficam para depois. O outro lado interessante é a paisagem fascinante que se vislumbra pelo canto do olho e nesses intervalos das gotas de suor que nos caem vindas de cima, rosto abaixo. Não há prazer sem dor.


Esta semana...

Foi tipo acabar os compromissos que nós próprios criámos e ... descansar, já que a vontade de treinar foi curta. Excepto correndo. Não é fácil nadar em Esposende nesta altura do ano. Mas, os desenvolvimentos ficam para mais tarde.


Provas

Fiquei desconfiado sobre o que terá acontecido em Penacova, na prova de triatlo, dado que no sítio da Federação apenas aparecem os resultados da natação. E se algo terá corrida mal, é mesmo uma pena porque a Vila é merecedora dos melhores elogios pela forma abnegada como tem estado no acolhimento da competição.
Sobre o triatlo de Raiva, onde participei no ano transacto, tenho dois sentimentos opostos: excelente a competição, porque é um desafio muito interessante e lamentável que alguns dos supostos voluntários se arroguem como proprietários do evento, ultrapassando claramente as suas obrigações e aqueles que verdadeiramente organizam a prova. E porque digo isto? Porque no ano passado, depois de anunciado no final a oferta da comezaina, quiseram obrigar o pagamento do acesso para os acompanhantes, mas a forma  pouco cívica e até provinciana como abordaram as minhas tentativas para justificar que também os acompanhantes mereciam a oferta da refeição, roçando a ofensa, só não deu em batatada porque, enfim, imperou algum bom senso, caso contrário a coisa tinha dado para o torto. Meus amigos, ali? competir, sim. Comer? Não me convidem mais.


Destino

Sigo para Lisboa, onde irei gozar uns dias de praia, boa vida, umas surfadas também, e onde espero treinar ali por Carcavelos (corrida e natação), Costa da Caparica (mais praia do Kite, corrida e natação), Jamor (corrida e btt), Sintra (ciclismo)...Já me inscrevi no passeio BTT da Malveira. São 50 kms, no dia 15, é durinho, mas para levar na boa. Se alguém quiser combinar, corrida, natação, ciclismo, alguma coisa, é só dizer que acertamos as horas e os lugares.

Abraços triatléticos com desejos de boas férias.