E Agora?...

30/09/10



Com o anúncio das novas medidas de austeridade, que já se anunciam há "c'anos" (rotos, direi), suprimida qualquer possibilidade de ver o valor do meu trabalho reconhecido, sabendo nós que uma das demonstrações cabais dessa demonstração, passe a redundância, é precisamente através da melhoria salarial, vejo com muita preocupação as novas medidas anunciadas. Mas, mais. Sinto-me enganado, vilipendiado, maltratado e outras coisas acabadas em ...ido! Então, há poucos meses os nossos (ir)responsáveis políticos afirmavam em jeito de jura que estava tudo controlado, que as aves agoirentas se encontravam ao virar de todas as esquinas, quando não em plena campo aberto, de peito desabrido, e agora, sim, agora  e afinal temos de emagrecer ainda mais o cinto? O meu vizinho sapateiro cada vez que me vê para fazer mais um furo neste cada vez mais exíguo fio de cabedal que uso para segurar as minhas calças, vai ficar de cara-a-banda quando lá voltar para fazer mais uns furos não sei onde. Agora por outros motivos. Já há tempos tinha aflorado a questão da crise, mas agora...vai doer mesmo.
Mas eu tenho uma pergunta. A questão é simples: o valor do nosso trabalho, enquanto funcionários públicos, diminuiu, vale menos. Ok. Mas, os compromissos mantêm-se (renda da casa, prestação de serviços, etc.). O que eu pergunto é se o valor do trabalho de todos também irá ser desvalorizado. Isto é, se os bancos também irão baixar as prestações dos imóveis para produzir a desvalorização do seu trabalho igualmente. Se o café da esquina irá também desvalorizar o seu trabalho para continuar a ter clientes. Ou, se ao invés, esses produtos irão ver o seu valor aumentar. Eu não tenho nada contra ninguém, excepto com aqueles que nos desgovernam para um abismo que me parece certo, contra mesmo o meu optimismo natural. Por isso, não desejo/não pretendo que outros sejam prejudicados pela simples razão porque têm de sê-lo. Não! Desejo é que haja equidade, solidariedade, justiça e que chamados todos à liça, sejamos todos contributivos. É só isso que quero.

Nota: ...depois, recebo esta agradável surpresa de me "cruzar" neste espaço com um rival natural nestas coisas triatléticas. João Paulo, que prazer que me deste. Aliviaste-me a tensão que ontem outros me criaram. Um grande abraço, companheiro.

Bons treinos e abraços triatléticos.


Comentário aos Comentários sobre Setúbal, e mais umas coisitas!

28/09/10



Decidi escrever assim, desta forma, porque tenho várias coisas para vos responder, entre outras. 
Ponto prévio: lembram-se da patada que referi logo no início do segmento de natação? Pois, tenho o olho esquerdo pintado de uma cor arroxeada. Nunca pensei um dia pintar os olhos, mas alguém achou que eu ficaria melhor assim. O que me vale é que a tinta é de fraca qualidade e irá desaparecer nos próximos dias. 

No rescaldo da prova de Setúbal, e já depois de ter escrito o que ficou registado, verifiquei que algumas coisas ficaram por dizer. Mas, o cansaço tomava conta do espírito e do corpo que o acompanha, e no dia seguinte esperava-me um despertador que muito tranquilamente me acordaria às 7h45'. Por isso, não referi que me tocou o desalento claramente estampado no rosto dos atletas que foram impedidos de concretizar todos os segmentos. Já aqui falei sobre isso. Entendi até que o silêncio nos comentários sobre o assunto significariam a concordância na generalidade, pelo menos, com o meu ponto de vista, mas não deixa de ser tocante quando nos deparamos com imagens assim. Não referi as prestações femininas e ficou por dizer que as prestações de Mariana Costa e Barbara Clemente foram de muito bom nível, em especial de quem venceu, a Mariana. 
Dizer-vos que a adesão à blogoesfera tem sido uma experiência muito enriquecedora será o mínimo. O facto é que o virtual rapidamente se transforma no real e já nada volta a ser como dantes. O exemplo está aqui, no facto de ter contactado gente ao longo destes meses, através dos seus escritos e opiniões, trocado comentários, e que de repente conhecemos pessoalmente, confirmando a elevada qualidade humana e moral do seu carácter. Não foi por acaso que dizia antes de Setúbal que vir a conhecer algumas destas pessoas a quem me dirijo presentemente, seria muito gratificante. E tem sido, como continuará a sê-lo, enquanto formos tendo a capacidade de discernimento em distinguir de que lado estão os bons para a eles nos juntarmos.  

Sica
Tu és um lutador, de uma entrega extraordinária ao treino, aos objectivos que te propões alcançar (e que objectivos!) e isso torna-te num exemplo a seguir, por todos. Até mesmo por aqueles que possam pensar que nada mais têm a aprender. Por isso, acolho sempre com muita atenção e carinho as palavras que vais semeando neste espaço. Acho que temos condições para cimentar esta amizade que se iniciou. 

Gonçalo
Eu já disse e redigo: tu és o exemplo de como se deve cultivar um filho. Tu e os teus pais estão de parabéns. Gostei imenso de vos conhecer, mas acima de tudo de poder continuar a conhecer-vos, como certamente irá acontecer. E sabes que mais? Tenho pena que o meu filho não seja como tu, dedicado ao treino e a uma modalidade tão espectacular como esta que abraçamos. E essa foto, quando é que vem?

Pedro
Já estivemos juntos em prova e na altura não nos conhecíamos, e aí ficaste bem à minha frente. Já treinamos juntos e foi um espectáculo. Este ano ainda não tive o privilégio e o prazer de competir contigo. Será na Maratona do Porto? Para já, irei à meia da sportzone, não queres aproveitar e fazer um treino para enfrentares o "monstro"? Um dia destes faço-te outra sugestão de treino (ciclismo), para uma distância de 220kms. Sinto que andas desmotivado, pelo menos queixas-te disso. Provavelmente está na hora de fazer uma semana regenerativa, aliviar a carga ou mesmo fazer uma pausa. Cuidado com o overtraining. Um dos sintomas é precisamente a desmotivação, devido à fadiga cumulada. E depois referes essas queixas no joelho que também poderá indicar sobrecarga de esforço. Tens de avaliar isso bem, companheiro.

Fernando 
Acolhi a tua estreia nos comentários deste blogue com muito prazer e orgulho. Lembro-me de me teres passado, após aquela inclinação mais acentuada no curso de corrida, que fizemos os dois a par. Ainda ouço o teu arfar. Depois, foste-te, com naturalidade. No final gostaria de ter trocado umas palavras contigo, mas não deu. Lembro-me como se fosse hoje da forma simpática como nos conhecemos, em Oeiras, no ano passado. Marquei-te, na altura. Fui à classificação e reparei que na natação tínhamos feito o mesmo tempo, diferença de 1''. Depois, também verifiquei que no ciclismo andámos ali paredes meias. Mas, depressa concluí que eras de outro planeta quando falamos em correr. Mas isso foi há um ano. Fiquei ainda mais satisfeito por verificar que somos colegas de profissão. Tenho seguido o teu blogue e também aprecio muito os teus relatos, com muita qualidade. Os teus companheiros de clube foram porreiros e revelaram-se bons parceiros de segmento, especialmente um deles, com quem me entendi muito bem, o que nos levou a juntar-mo-nos aos restantes.

João Paulo
Obrigado pelas palavras carinhosas, sabem sempre bem. Não sei bem quem és, mas espero continuar a merecer a tua atenção. Por nada em especial, a não ser que sabe bem saber que há pessoas que gostam de nos "ouvir" e que dão alguma importância ao que pensamos, porque esta revela indubitavelmente a pessoa que somos. Será que és o João Paulo V2 que me ofereceu chourição no final do SS da Póvoa? Será? hmm...não sei.


Rui Pena
Deixei-te para o fim porque o que tenho para dizer merece que assim seja. Caro amigo, foi igual a minha surpresa. Mas mais, tu interpretaste na perfeição esse abraço que te dei no final. Sim, fui ao teu blogue e li essa referência que fazes à minha pessoa. Emocionaste-me, sabes? Eu vejo as coisas dessa forma; para mim uma competição é algo que nos leva a transcender, por vezes a irmos aos limites ou para além deles. Leva-nos inclusive a desejar superar quem apareça no caminho naquele momento ou noutro. Por isso, os oponentes vão mudando ao longo da competição. Mas, nunca podemos esquecer que por detrás desse espírito competitivo há a grandeza do carácter que deve prevalecer. Não porque seja uma obrigação, mas porque é sempre um prazer ter alguém para competir, para me ajudar a ser melhor, independentemente de se ficar à frente ou não. Desejo chegar primeiro, desejo ser sempre melhor, mas desejo que para eu ser melhor os outros sejam melhores também. Isso só valoriza os resultados obtidos, e o maior deles todos é precisamente a conquista do respeito do outro, mesmo quando perdemos. Essa a grande vitória. A competição, essa é o meio para as outras coisas realmente significativas na vida, como por exemplo esta que pode redundar em amizade.
Falando do despique que travámos, confesso a todos que em qualquer situação em que eu seja confrontado com uma disputa ao sprint, as possibilidades de eu ganhar são reduzidas. Não tenho explosão, nunca tive, apenas no carácter, e ainda assim sou hoje uma pessoa muito mais calma, paciente. Por isso, quando te passei e verifiquei pela forte presença da tua respiração que ficavas por ali, decidi forçar. Sentia-me bem e estava na altura de forçar, até porque faltava uns 400 metros, por aí. E única hipótese que eu tinha era desgastar-te. Mas, aguentaste-te. Melhor, superaste-me. E foi um espectáculo conviver contigo esse momento.
Olha, acho que fiz um novo amigo. Tenho grande apreço pelo Emanuel Marques, porque é uma jóia de pessoa e um excelente atleta. Quando há oportunidade estamos sempre na brincadeira. E pelos vistos há mais gente assim na AASM. 
E depois, estando aqui tão perto, um dia destes temos de combinar um treino, companheiro.


Desejo-vos continuação de bons treinos, boa disposição e até breve, seja no Jamor ou no Porto, na meia. Entretanto, ainda hesito sobre a ida à maratona do Porto, mas estou quase lá. 
Abraços para todos os companheiros.


III Etapa do CNI de Triatlo - Setúbal: O Meu Ponto de Vista!

26/09/10



Ora aí está, mais uma etapa ultrapassada na minha caminhada na modalidade que, espero, me leve à distância longa. Só para o ano, porque este...já deu o que tinha para dar. O que falta são trocos, que servirão para desfrutar do prazer em participar em eventos desportivos. Mas, adiante. Sobre mim escreverei mais lá para a frente, porque há vários aspectos a referir. O primeiro, e não necessariamente o mais importante, foi a vitória do João Pereira, do Alhandra, cuja prova foi espectacular. Lembro-me de o ver no...pódium. E foi um prazer, porque é um rapaz cheio de talento, dedicado, que passou por uma fase menos boa, esta época, mas que não baixou os braços e lá está! ganhou em Setúbal. Claro, beneficiou da ausência do João Silva, mas provou que é um puro sangue do triatlo luso. E para ilustrar o mérito da sua vitória, acrescento que os seus companheiros de pódio foram dois experientes atletas olímpicos, precisamente Bruno Pais (Benfica) e Duarte Marques (Alpiarça). O Bruno teve uma época longe da homóloga do ano transacto, onde foi dominador. Este ano, fruto de outros interesses e outros projectos, conjecturo, andou mais ocupado com outras coisas. Seja como for, marcou uma fase fantástica do triatlo português, porque penso que está a dar o lugar a outros, mais jovens, cheios de igual talento e vontade em mostrar serviço. 
Esta prova não foi fácil, ou acessível, como queiram, porque em todos os segmentos houve dificuldades, umas naturais, outras acrescidas pelas circunstâncias. Passo a explicar; a natação tinha como obstáculo, para além da distância, mas isso já se sabia, a corrente e alguma agitação das águas. Para além disso, e depois de contornada a primeira bóia em cada volta, deparámo-nos com o sol, já meio baixo, que dificultava muito o visionamento da bóia seguinte. Aliás, quero até fazer uma sugestão; que deixe de haver toucas amarelas na água. Caramba, cada vez que vislumbrava uma touca dessa cor ficava na dúvida se seria bóia ou não. Se calhar é mais fácil mudar as cores das bóias. Mas, dizia, o segmento de ciclismo teve a dificuldade de se pedalar contra o vento no retorno. Não foi fácil. E depois a corrida tinha-tem-teve aquela rampa que nunca mais acabava. O que vale é que foram só 4 voltas! se tivessem sido mais 20 acho que ainda agora lá estava, tipo pêndulo de um relógio qualquer. 
Como se pode comprovar pela classificação absoluta, nesta distância os mais novos já não dominam assim de forma avassaladora: nos 20 primeiros encontramos 8 seniores, 5 sub 23 e 7 juniores. Algum equilíbrio, portanto. Concluíram a prova 150 atletas. Vários não tiveram essa sorte. As regras eram claras. Concordo com a regra do tempo de corte, como dizem os galegos. Por lá, todas as provas organizadas pela respectiva federação são implacáveis na sua aplicação. Também aceito que se deva estabelecer padrões de qualidade que elevem o grau de exigência e que para tal os demais participantes tenham de ter consciência das suas capacidades para arriscarem ou não a sua participação. O que discordo piamente é que as alterações regulamentares produzidas no decurso do prazo de inscrições ou quando já findo o mesmo não sejam objecto de um comunicado. É o mínimo. Segundo conversa que tive com o Henrique (CVP) foram introduzidas alterações ao regulamento, especificamente ao tempo limite para a conclusão dos segmentos de natação e ciclismo e que não foram devidamente anunciadas. Não estranho, porque já aqui referi em outros momentos alguma falha da estrutura federativa neste aspecto da comunicação. Isto é, as alterações deveriam ser sempre precedidas de um anúncio em forma de comunicado, por exemplo, e nem sempre é feito. Depois, talvez pudesse ter havido lugar a alguma tolerância pelo facto das condições do estado do mar não serem as mais perfeitas para o cumprimento das exigências. Por outro lado, 45' para concluir 1500 mtrs será aceitável, não? Bom, a organização esteve bem, a despeito dos aspectos referidos. Mas não posso deixar de referir um aspecto que me matraca o espírito sempre que participo  em eventos desportivos e no final recebo um saco com...uma t-shirt (por acaso, a de Setúbal é bem gira). O que quero dizer com isto? Que é um pobreza franciscana. Então, nós contribuímos com a nossa presença na promoção e divulgação de uma cidade/terra e modalidade,  alguns de nós fazemos deslocações a perder de vista, pagamos para participar, e no final recebemos, em compensação, um saco e uma t-shirt! Ah, sei, também temos água e sumos e bananas e outras frutas...e estamos em crise. Não sei, acho que há aqui qualquer coisa que não bate certo.

A minha prova

Bom,  o dia havia começado bem, embora tivesse tido alguma dificuldade em adormecer, como aliás, acontece sempre que há provas. Mas, no Sábado podia ficar algum tempo mais no meu leito. O almoço havia sido peixe, broculos, cenouras, batata e cebola, tudo cozido, é claro. A escolha foi feita para ser facilmente digerida, conter hidratos de carbono na abundância necessária (batata), produtos com alto teor de carga glicémica (cenoura) e proteínas para a reparação muscular, sem toxinas (peixe). Preparei também um bidão com uma bebida isotónica e umas barras de reposição energética para ir administrando durante o segmento de corrida. Nunca me dei muito bem com as provas no turno da tarde. Gosto mais de "batalhar" pela manhã. Sou ao contrário do Marco Fortes. Cheguei já um bocado em cima da hora, isto é, para fazer aquilo que gosto: ter tempo para aquecer com calma e de forma ritmada. Tive de meter o plano ARQT ( aquece rápido que não tarda). E assim foi. Ainda deu tempo para nadar o tempo suficiente para ...sem desculpas. 
E nisto estamos na água, prontos para ouvir o "corneteiro". Achei que estávamos todos muito apertadinhos na linha de partida. E fiquei com a certeza quando passados uns metros após o som levei uma valente patada no capacete, que me levantou os óculos. Ninguém tinha culpa, a não ser quem decidiu que a partida tinha de ser feita com 170 manganões em 3 m3. O início foi complicado, muitas apalpadelas, cotoveladas, encosta para lá, parecia que estava em hora de ponta no metropolitano de Lisboa, mas na estação do Rossio. A páginas tantas dou-me conta que me aproximo da primeira boia (ou será um Júnior?). Quero aproximar-me, mas não me deixam. Para o fazer teria de carregar no botão para parar o trânsito, e ainda assim acho que eles nunca parariam. Tenho de seguir com eles, dar uma valente volta para contornar aquela bóia ( ou será júnior?). Entretanto, dá para ver que há muitas toucas vermelhas à minha volta. Parece-me que os vou passando. Sinto-me bem, descontraído. Parece-me que vou num bom ritmo, folgado. Fico com a ideia de acelerar um pouco, mas penso " e se depois...?". Decido continuar assim. Uma volta concretizada e por incrível que pareça não sinto a força da corrente. Devo estar anestesiado. Acho que o Manuel Gonçalves anda ali por perto. De vez em quando há um companheiro que me incomoda. Afasto-me sempre. Na segunda volta verifico que há um grupo que se afasta da trajectória da segunda bóia, aquela que nos vira para terra. Que raio? Serei eu ou serão eles quem está correcto? Decido continuar na minha. O sol esse incomoda (touca amarela ou bóia, eis a questão). No trajecto para a terceira bóia ( estão a seguir-me?) sinto a corrente, puxa-me para fora. Tava a ver que não. Verifico que já não há quase ninguém à minha volta, a não ser o Manuel Gonçalves. O trajecto final cansa um bocado, concluo que fiz bem em não ter "apertado". Afinal, era a primeira vez que fazia a distância em competição. E aqueles metros finais não foram fáceis, não. Ciclismo. Quando entro na estrada vejo um grupo liderado pelo Pedro Cordeiro. Que raio! Fiquei logo com a sensação que a natação tinha sido para o fraco. Busco a hidratação e perco de imediato um gel. Merda! Passa o grupo do Pedro e acompanho-os. Não podia, mas acompanho-os. E agora digam-me: como é que se controla uma coisa destas? Ao longo de todo o segmento, foram vários os grupos que se cruzaram, entrecruzaram, descruzaram, eu sei lá. Mais tarde perco o contacto com aquele grupo, acima de tudo porque ao passar no paralelo não consegui acompanhar o ritmo e ...fiquei com uns rapazes do Vasco da Gama, e assim foi até ao fim. Pelo meio, uma dor no quadricepte esquerdo faz-me temer pelo segmento final e decido não forçar muito, ir gerindo. Nessa primeira fase, fui mais puxado do que puxei. Às tantas, a dor foi atenuando, tal era a esfrega, e passei a puxar mais do que fui puxado. Era a minha vez. Nos entretantos, mais grupos que se cruzaram, até que aparece um grupo jeitoso que nos deram uma boa boleia até...ainda tinha de fazer mais uma volta. 
Chegados à corrida, antes que tudo os receios. Será que aguentam, será que não? O primeiro teste estava logo ali, ao virar duma curva; a rampa. Piscava-me o olho, em tom de desafio. Fez-se até benzinho, no meu ritmo, claro.E engraçado; a primeira volta parece uma eternidade, a segunda tem menos 100 metros, parece, a última é só mais um bocadinho. O nosso cérebro é qualquer coisa. Mas, a corrida foi uma agradável surpresa porque nunca pensei fazer 10km em menos de 45'. Deu-me 4'30''/km. Não foi mau de todo, não senhor.
Mais tarde e já em casa, na digestão do choco frito, perante os tempos conseguidos, a frustração dos 37' na natação dominou-me. Tenho capacidade para melhor. Mas, a corrida animou-me. Fiquei equilibrado e pronto para trabalhar mais. E, muito importante, não me magoei.
Conclusão:  há três coisas que tenho de melhorar, nadar, pedalar e correr. Depois, sim, serei  (mais) feliz.

A finalizar
Dizer que foi um prazer conhecer pessoalmente quatro pessoas: Paulo Renato e Paulo Sequeira, e o duo Pitarma, pai e filho. Tudo gente cinco estrelas. Assim que cheguei ao parque de transição, para deixar o material, fui de imediato surpreendido pelos Pitarma, simpatiquíssimos. Tinham-me feito uma "espera". Pena não ter tido mais tempo para mais que dois dedos de conversa. Haverá mais oportunidades e acreditem que foi um prazer. Os amigos de Peniche são também do melhor. Nada como ao vivo e a cores, não é companheiros? Esta parte foi um bónus na tarde de Sábado. 

E agora? Jamor, pois claro! Boa semana, companheiros




Nota: desta feita não há fotos. Os afazeres não permitiram que a reportagem fotográfica fosse feita. Fica agendada para o próximo evento.



Triatlo de Setúbal - CNI, 3ª Etapa: Previsão do Tempo e Listagem dos Atletas Inscritos.

24/09/10



Parece que o sul não irá trazer nenhum calor especial. Prevê-se até tempo fresquito, o que para uma tarde e em Setúbal não parece muito normal, mas é o que temos...será? Também parece que soprará algum ventinho. E poderá ocorrer nevoeiro ou neblina. Está tudo no "parece". 

No que aos participantes previstos diz respeito, bastante gente, e ainda bem. No meu escalão também parece que os três primeiros lugares estarão entregues. Mas, a possibilidade de conhecer pessoalmente alguns companheiros, de triatlo e de blogue, é muito gratificante.

Boa viagem até Setúbal, companheiros.





Destaque para Pedro Gomes!

22/09/10



Tinha de escrever sobre este atleta de excepção. Não é segredo que nutro uma simpatia especial por este rapaz. Também não são secretas as razões que justificam essa simpatia. Admiro a sua capacidade de entrega à modalidade, admiro a sua entrega à prossecução dos objectivos que tem em mente, admiro a sua entrega ao treino. Por isso, admiro a sua determinação, assim como admiro a determinação e tenacidade de outros atletas. A questão que diferencia Pedro Gomes da maioria é a sua capacidade para ficar nos primeiros lugares. Isso quer dizer que trabalha muito, pois concerteza, como muitos outros, mas tem ainda aquele extra que lhe permite ser muitas vezes o melhor. Eu sei; beneficia de enquadramento especial, é pró, etc etc. Mas,  não serão essas as condições a que os melhores têm acesso, depois de provadas as suas qualidades de excepção?
E o destaque tem de ser feito, nem que seja neste humilde blogue, já que não é feito onde deveria; na imprensa desportiva, já nem digo na primeira página. Agora reparem o que ele tem andado a fazer no mês de Setembro em terras de Miró, Picasso, Cervantes e tantos outros personagens geniais:

Dia 4, Triatlón Ciudad de Guadalajara. Distâncias: 3km natação/80 km ciclismo/20 km corrida
1º Lugar, a 6'18'' do 2º classificado.
Dia 12, Triatlón Santibañez de Vidriales, Sanabria. Distâncias: 3 km natação/80 km ciclismo/20km corrida
1º Lugar,  a 4' 54'' do 2º classificado.
Dia 18, ICAN Mallorca 2010. Distâncias:1,9 km natação/90km ciclismo/21km corrida
3º Lugar, a 3'14'' do 1º classificado.

Digam-me lá se "só isto" não seria motivo para uma referência especial nos media da especialidade? Percebem agora porque admiro este rapaz? Não é por nada em especial...

Falta o Titan, que é já neste fim de semana que se aproxima a passos largos. Boa sorte para todos os portugueses que lá se deslocam para vencer essas distâncias loucas.

Bons treinos para os restantes!


Reflexão I

19/09/10



Hoje, enquanto pedalava, já bem próximo de casa, ao passar por um duo que me parecia ser pai e filho, reparei que o "velhinho" puxava pelo "novinho" e quando os cumprimentei, o primeiro correspondeu com um "bom dia" sonante e folgado, enquanto o segundo estrangulava o avançado da sua bicla e desesperado pedalava a custo. E surgiu-me esta ideia de escrever sobre os factores psicológicos condicionantes da prática de esforços de longa duração, vulgo, resistência ou antigamente denominados de endurance. 
Uma imagem que me veio logo à cabeça foi a dificuldade que os miúdos têm em superar distâncias que exijam gestão do esforço, perseverança, tenacidade e, por conseguinte, disciplina. Gostam mais da explosão, da potência, que acabe depressa, que a fadiga não se instale durante a fase de desgaste. Por isso, apreciam mais as corridas de velocidade (40 e 50 m), as estafetas, desde que não se estendam por percursos maiores. Claro que a fadiga também se instala nas provas de velocidade, mas preferem recuperar sentados. Gostam até de se rebolar no chão para disfarçar melhor as dificuldades sentidas nesse momento.
É por isso que também nas provas de triatlo longo assistimos a uma bem maior preponderância das idades mais avançadas (seniores, veteranos), e menos juniores, sub23. 
Para a concretização de um projecto de esforço longo são necessárias algumas qualidades específicas: determinação, disciplina, auto-controlo/paciência, planeamento, perseverança/tenacidade, dedicação. Destas, muitas têm a ver com as competências volitivas da pessoa. Não é por acaso que em muitas provas de atletismo onde tenho participado há uma grande adesão de veteranos, em detrimento dos juniores, seniores. Parece que a pirâmide de desenvolvimento do praticante está invertida. Na segunda edição do triatlo SS da Póvoa, e em masculinos, também pude constatar que o escalão V2 só foi superado pelo homólogo dos seniores.
É óbvio que as necessidades e os interesses das gentes mais novas são diferentes das gentes menos novas. Mas, haverá aqui uma forte influência dos hábitos de vida actual nas escolhas que cada um faz para a sua vida? Hoje as pessoas querem resultados JÁ! resolver, não interessa se bem ou mal, os problemas no imediato, de preferência que eles nem apareçam. Eu acredito que sim. "No meu tempo" os dias eram passados na rua, a jogar à bola ou a brincar nos montes, a fazer imensos disparates. No meu trabalho, com os miúdos que todos os anos me chegam às mãos, sei que grande parte daquele tempo que eu passava na rua, eles passam-no em frente a um computador ou da tv, longe dos jogos de rua, longe dos jogos de resistência, longe daquela fadiga que se instalava no corpo sem darmos por ela, a não ser quando à noite adormecíamos sem darmos conta em frente daquela desinteressante tv, meio preta, meio branca.
E quando como hoje observo um rapaz novo que num dos seus esporádicos passeios dominicais (imagino eu) se esgadanha todo para se manter vivo em cima da sua bicicleta, em contraste com a postura do seu pai, penso que aquele aparelho irá ficar mais um longo período sem ser montado, até que a memória do jovem apague a recordação deixada pelo dia de hoje. E é pena, porque não tem de ser assim.

Continuação de um Bom Domingo, companheiros.


A Special Day!

15/09/10



Encontro-me num microciclo de treino onde privilegio o Volume de treino. Para a semana darei mais ênfase à Intensidade. E hoje, por razões que se prendem com a vicissitude do meu novíssimo horário, que determinou a 4ª feira sem afazeres (vamos ver até quando), escolhi este dia , e mais um dos dois do fim de semana, mediante acordo familiar, tem de ser (ai! o rolo da massa), para realizar treinos looooongos. Pois é. E não é que foi mesmo longo? Ora vejamos: 144km de bicicleta, mais 65 minutos de natação,  com fato e palas. É um bocadinho para o longo, não é? Mas mais; há muito que planeava ir até Terras de Bouro. São cerca de 56 kms, mais centímetro, menos centímetro. Mas, não contente e aproveitando a embalagem dada pela minha motivação actual, decidi dar a volta por Amares, passando muito pertinho da Vila do Gerês. Em tempos, meti na cabeça que seria uma boa oportunidade de concretizar um trajecto diferente, pedalar por outras paisagens, e que paisagens. Depois, fiz aquela Clássica de Ciclismo, em Maio (?), precisamente até Terras de Bouro, onde se come um delicioso cozido, mas só ao Domingo e fora dos primeiros quinze dias de Setembro, e o apetite ( já que falamos de gastronomia...) aguçou-se. E foi hoje, mesmo sózinho, completamente só, eu e o meu rádio de telefone, mais a hidratação, uma maçã e uma banana, e claro, a bicla. Tinha de ser. E logo eu que quando se me mete uma coisa na cabeça... Mas, nem tudo foram rosas. 
Comecei bem , muito bem, solto, mesmo depois de no dia anterior ter andado a uma média de quase quase 35kms/hora durante perto de uma hora, com uns manganões com quem treino muitas vezes às 3ªs e 5ªs feiras, precisamente para não fazer treino intervalado sózinho. Como eles puxam bem, tudo malta nova...e especialistas em BTT, que é o que há mais para estas bandas, alinho com eles. São porreiros e ajudam-me no treino. Mas não me afectou. Pedalei solto e solto cheguei a Terras de Bouro. Depois, a coisa empinou e bem, longa empinação, até à descida que nos leva a São Bento de Porta Aberta. O problema veio depois, passado Amares. Alguma má disposição, aqui e ali cólicas, e o cansaço a instalar-se. Quando cheguei a casa, contei à minha mulher, que é enfermeira, e associando estas pequenas queixas ao meu hálito, detectou-me de imediato uma possível razão para este problema: devido à redução dos níveis de açúcar circulante no sangue o organismo foi forçado a utilizar as reservas de glicogénio para produzir energia, sendo que deste metabolismo resultou a libertação em alto nível de corpos cetónicos, cujo efeito por acumulação pode originar náuseas e vómitos, cólicas abdominais, fraqueza e mau estar geral. Voilá!
O certo é que comi bem, penso eu, antes, e hidratei-me igualmente bem, durante todo o percurso, usando a solução hidratante que já aqui referi num dos primeiros artigos. A razão pode estar na dificuldade do organismo em restabelecer o equilíbrio homeostático entre o treino antecedente e o de hoje.
À tarde, depois de ter dormido uma sesta, dediquei-me à natação durante uma hora e mais qualquer coisita, e aí senti-me bem, apenas cansado a partir dos 2000 metros.
Não pensem que estarei a pensar no Ironman. Nã senhor! Isto é tudo a pensar na minha preparação para o Triatlo Longo, esse sim, o meu objectivo a prazo. 
Acreditem que este foi um dia especial para mim e por isso desejei partilhá-lo convosco.

Bons treinos e abraços triatléticos.


Triatlo Póvoa de Varzim em Imagens!

14/09/10



São as imagens da prova que espero possam dar uma ideia de como se passou a manhã do passado Sábado, na Póvoa. 

Revejam-se e/ou divirtam-se.






Fim de Semana Sportivo Triatlo e Atletismo e Azares Clube!

13/09/10





Parece o nome de um clube qualquer, mas traduz de forma muito sintética um pouco do que se passou este fim de semana com a minha pessoa. Vamos pelo início sem ser pelo princípio.

Sábado estava prevista a minha participação no triatlo speedi gonzalez da Póvoa de Varzim. E não sei bem porquê tive duas sensações que me levaram a pensar se  de facto terá sido assim tão speedi. Primeiro, na natação a coisa embora tenha demorado para mim entre 5 e 6 minutos, fez-me sentir ...cansado, ou não sei explicar, mas não foi do tipo  sair da água e bora já montar na burra. Não! Foi mais do tipo, s-a-i-r  d-a  á-g-u-a procurar correr para a bicla. Depois sim, a bike foi rapidíssima, com uma média à volta dos 34kms/hra, e a corrida foi rápida, e onde já me senti mais solto. Afinal, apenas em Agosto recomecei a correr e começo a aproximar-me do meu nível, embora fraquito, onde tinha ficado em Agosto de 2009.
Mas o dia havia começado mal, não lhe quero chamar azar, antes contratempo. Ao dar à chave, a carrinha, comprada precisamente a pensar nestas coisas das provas e na necessidade de transportar as bicicletas, não funcionou. Eu já estava de sobreaviso, por duas razões; 1º porque há uma semana ela também me pregou essa partida, mas então a coisa resolveu-se e pensei que o problema estivesse sanado. 2º, porque na noite anterior, quando preparo a logistica e deixo já a bicicleta dentro da viatura para não mais me preocupar com o assunto, ela deu-me a entender que se calhar no dia seguinte, o da prova, talvez não estivesse muito na disposição de viajar até à Póvoa. Terra, diga-se em abono da verdade, nunca lhe fez algum mal. Humores...E pronto! Havia que desvalorizar e pegar no carro e encaixar lá a bicicleta, porque as pessoas e o restante é fácil. Em pleno ambiente da prova, até me esqueci que tinha uma viatura de costas voltadas para mim, lá em casa. O pessoal estava animado, muita gente a experimentar, alguns atletas a sério, por exemplo na natação, onde participou em estafetas um atleta olímpico, e eu que até apadrinhava a estreia de um jovem sub23, formação em natação, bom nadador e que gosta muito de correr e etc e tal. Ah! e daqui de Esposende. A teia parece começar a alargar-se, primeiro a aranha (eu) e agora um fiozinho tipo seda. Será? 
Como o segmento de natação foi indoor, havia que formar grupos. Pegando na experiência do ano transacto, a coisa funcionou bem , com tudo programadinho, os grupos formadinhos, com as horas determinadas e avisados, nós, que a hora era para cumprir. E assim foi. O grupo de veteranos encontrava-se especialmente animado. Bocas e mais bocas, serviu para atenuar alguma da ansiedade que ia tomando conta de nós. Fartei-me de rir com o Paulo Neves e com o Emanuel, este que a páginas tantas já deveria estar farto de me ouvir. Enquanto isso, os grupos iam iniciando as suas séries até que chegou a nossa vez. Aí, a pulsação acelerou um pouco mais. E continuaram as piadas. O Paulo Neves estreava o seu novo garmin. Eu brincava com ele, dizia-lhe que ele iria demorar uma eternidade para levantar aquele braço, tal era o volume do calhamaço. Mas, não. Afinal, ainda saiu primeiro que eu. Ora toma.
Lá chegámos ao ciclismo, onde optei por calçar os ténis e levar na bicla pedais com ganchos, para não perder tempo na última transição. O curso a pedalar era muito curto (pouco mais de 8kms). No final, acho que sim, que no meu caso resultou, já que não tendo sapatos de ciclismo ou triatlo, acabei por calçar apenas uma vez uns sapatos. Voltando ao ciclismo, andei sempre sózinho. Ninguém me passou, tendo passado alguns e que não conseguiram acompanhar-me. Procurei alcançar o duo PauloNeves/João Paulo Ferreira(V2), mas não consegui. Eles que estavam logo ali, mas a uma distância suficiente para se manterem sempre afastados; na natação, no ciclismo e na corrida. E quando dei por ela, acabou-se. A corrida foi interessante. Não queria ser alcançado e meti prego forte. E lá continuei sozinho. Sempre. Atrás vinham o Vasco (CVP) e o José Silva (S. Mamede). Também não conseguiram alcançar-me.
No final, acabei cansado. Recuperei rápido, é verdade, mas sendo uma prova muito explosiva, é mais apropriada para os putos novos. A entrega dos prémios contou com a presença da Vanessa Fernandes. O sub23 Tiago Maia venceu, com classe, à frente dos séniores Paulo Adão, que eu viria a reencontrar no domingo, na corrida de Matosinhos, e Paulo Gonçalves. Por equipas brilhou o galitos, cuja boa disposição foi contagiante.

Relativamente à organização tenho duas observações importantes a referir: a 1ª tem a ver com o trajecto a pé na piscina e que tinha de ser feito antes de voltar a entrar na água. Deveria estar totalmente coberto com alcatifa ou outro material qualquer porque não foi nada fácil manter o equilíbrio naquele chão traiçoeiro. A bem dizer, aquilo não foi posto para ser corrido, daí a minha observação. A 2ª, deveria ter-se retirado as lombas na estrada. Pois, é que a passagem com a bicicleta naquelas lombas faz mossa e eu que o diga, pois quando ao fim do dia de sábado saí para realizar um treino de duas horas, à passagem dos 15 kms vi partir-se um raio na roda traseira que me lixou um dia que tinha começado menos bem e acabava pior. Lembrei-me logo das lombas, claro. No geral, a organização esteve muito bem, mas bastam estes dois aspectos para poderem estragar tudo, dado o seu relevo. As classificações ainda estão por acertar, pois falta muita gente na tabela.

Domingo, com um excepcional sol e temperatura, foi dia de participar na corrida organizada pela runporto, corrida do Homem e da Mulher, e sentir a satisfação de regressar às provas de atletismo, embora esta seja uma espécie de meia prova, pois o seu carácter era mais altruísta e solidário que propriamente competitivo. Em todo o caso, foi com imenso prazer que revesti a camisola do CLUVE, cujo clube me orgulho de representar neste tipo de eventos. Secretamente tenho perseguido a ideia de participar na Maratona do Porto. Antes, terei de concretizar a Meia SportZone e depois sim, farei o balanço e decidirei. A prova de hoje trouxe-me a alegria de não ter tido problemas, primeiro que tudo, e de correr os quase 6 kms a 4'07''/km. O que me quer dizer ser atingível o objectivo de baixar os 4'/km. Haja saúde.
Preciso de dizer que gostei da organização do evento, embora aparentemente não colocasse problemas de maior. E gostei muito de verificar que cada vez mais há uma forte adesão a estes chamamentos, o que é bom, muito bom, aliás. Vi gente de todas as idades, de pelos menos duas orientações sexuais, sorridentes, boa disposição, que tanta falta faz nestes dias cinzentos que atravessamos.

Agora, aproxima-se Setúbal e o meu primeiro triatlo Olímpico. Mais ansiedade.

Abraços triatleticos, companheiros, e uma excelente semana.


Triatlo da Póvoa de Varzim: Previsão do Tempo e Start List (inscritos)!

10/09/10



Orá aí está a prova de Triatlo cujos custos de deslocação são os mais suaves para mim. Também tenho direito. Pena ser um SuperSprint, tudo muito rápido, muito instantâneo, como quem só prova dois quadradinhos de chocolate. Uma vez mais bastantes os inscritos, a prever saídas por grupos, como não vai poder deixar de ser, caso contrário seria mais uma espécie de "orgia desportiva". Bom, o tempo previsto vai estar jeitoso, muito jeitoso. Prevê-se muita ondulação no momento da partida para a natação, mas como é dentro da piscina....será só até à primeira bóia. Depois, vai ser um espectáculo observar os "mergulhos" no regresso ao tanque. No ano passado fartei-me de rir. Então, houve quem, a cada volta que passava (são três), perdesse uma peça da sua paupérrima indumentária. Mas, cá fora poderá soprar algum vento, embora o percurso da bicla, marginal à praia, é todo ele plano. Outro dado importante na previsão do tempo é...o excelente ambiente que se espera; muita festa, muito boa disposição. Ora aí está o grande prémio.

Companheiros, até depois e abraços triatléticos.




Imagens do III Duatlo de Viseu.

09/09/10



Graças à inestimável colaboração da minha cara metade, é quase sempre possível (desde que ela não falte) obter imagens das provas ou dos eventos onde participo. Não é para todos, não senhor. Por isso é meu dever deixar publicamente expresso o meu agradecimento. Obviamente que há um misto de prazer e compromisso, o que não minora a dedicação e colaboração.

As imagens:



III Duatlo de Viseu, Campeonato Regional.

06/09/10




Num fim de semana marcado pelo regresso das provas de Duatlo, internacionais e esta, o Duatlo de Viseu, na sua terceira edição e onde participei pela segunda vez, apraz-me registar a elevada performance alcançada além fronteiras pelos atletas lusos, concretamente, de Sérgio Silva, 5º classificado na prova máxima (Elite) do Mundial de Duatlo, de José Veiga e Hugo Alves, respectivamente 4º e 5º classificados no Mundial do escalão Júnior, competições estas disputadas em Edimburgo, Escócia. Estão de parabéns, estes rapazes. 

O meu interesse na participação no Duatlo de Viseu deve-se a duas razões essenciais: a primeira prende-se com  a organização e os percursos da mesma, sendo que estes são muito interessantes, dando à prova características que eu classifico como um dos melhores duatlos sprint nacionais. A segunda tem a ver com a minha necessidade de "treinar" a corrida dentro de um certo contexto. A organização, essencialmente a cargo da Federação, mas com a honrosa e esmerada colaboração do clube C.D.R. e C. Bairro Unidos da Balsa, esteve impecável, este ano como no ano transacto. E de mãos largas, já que a entrega de prémios beneficiou todos os escalões, havendo até o caso do escalão Sénior que foi merecedor de prémios até ao 7º classificado, vejam só. Portanto, estão de parabéns todos os intervenientes na logística organizativa. Pena que este ano a participação dos atletas não tivesse atingido o número idêntico da edição transacta. Aqui penso que se começa a sentir o efeito da necessidade de ponderar os gastos com deslocações a provas, isto é, o efeito crise. 
A prova em si tem um percurso de corrida algo exigente, uma vez que a seguir a uma fase ligeiramente a descer, seguido de uma fase plana, inicia-se uma fase de subida que é um pouco longa e desgastante, especialmente quando há calor, como foi o caso desta e da anterior edição. Dá logo vontade de despir a farda. Mas, só se pode descer os fechos e os possíveis. O segmento de ciclismo, sem apresentar subidas acentuadas, que não apresenta, é realizada em bom piso e ora descendo, ora subindo, sempre de modo progressivo, o que dá para marcar algumas diferenças com o passar do tempo. 
A prova não teve o nível alcançado no ano passado, quando então André Guimarães venceu com um tempo fantástico (53'30'') e em que os dezasseis primeiros classificados chegaram ao fim em menos de uma hora, incluindo esse fantástico V2 que dá pelo nome de Carlos Gomes. Ainda assim, a partida sem ser demasiado rápida, começou de imediato a marcar paulatinamente as diferenças de nível entre os participantes, especialmente após a passagem da tal subida longa e lenta, ou lenta e longa, e onde os seniores tiveram oportunidade de se destacar. E assim continuou, cabendo a vitória ao atleta João Pereira, do LusaVouga-Galitos, à frente do único sub23 entre muitos, imensos seniores, que ocuparam os muitos lugares cimeiros da classificação geral. Com o tempo de uma hora, o primeiro. Parabéns, João Pereira. 

De parabéns estão igualmente os diferentes vencedores dos seus escalões, especialmente o meu amigo Vitor Garcês, no escalão V3. Interessante foi verificar que de todos os escalões, o escalão V2 foi o segundo com maior nível de adesão/participação. Também sintomático foi verificar que no sector feminino apenas se registou uma participação. Pena! Por outro lado, em termos colectivos, muito bem o Lousavouga-Galitos, que alcançou o primeiro lugar, e também o TriBraga, que participando pelo primeiro ano nas provas organizadas pela FTP, começa a registar resultados de relevo. Muito bem.

A minha prova foi assim para o modesto, mas de grande satisfação final. O primeiro segmento foi-me difícil. O meu nível de corrida ainda é muito embrionário, e esta prova servia precisamente para isso; melhorar, obrigar o organismo a laborar sob pressão, mas dentro dos meus limites actuais, levando-o a pisá-los (os limites). A partir da primeira transição, iniciei a recuperação, tanto no ciclismo, particularmente, como no segundo segmento de corrida, onde já me senti algo melhor. Registei o 5ºL entre 9 participantes, desta feita a bastante tempo do 3ºL, mas não demasiado. Comparando com o tempo que registei no ano transacto, teria andado novamente a morder ou a ser mordido nos calcanhares do 3º posto. Enfim, se a minha avó não tivesse nascido...
Em todo o caso, considero o balanço muito positivo atendendo às circunstâncias actuais. Apenas um senão; na fase de desmontagem da bicicleta para o último segmento senti pressão no gémeo esquerdo. Estou já a tratar disso.

O lado do convívio continua em alta. Sempre um prazer conversar com os veteranos do Porto e mais uma prova que adiciona novos conhecimentos, novas pessoas, alargando esse mesmo convívio e reforçando o prazer em participar nestes eventos. 

Agora, estaremos (assim espero) na Póvoa no próximo sábado para um super sprint, tudo e sempre a pensar que no final do mês desejo, anseio, concretizar o meu primeiro objectivo no triatlo (adiado no ano passado): completar um Olímpico.

Mais fotos nos próximos dias. Abraços triatléticos, companheiros. 


Duatlo de Viseu: Previsão do Tempo e Start List

04/09/10



O tempo prevê-se excelente para a prática desportiva, com temperaturas muito agradáveis, nem demais, nem de menos. Apenas com a possibilidade séria de corrermos e pedalarmos debaixo de algum nevoeiro o que pode trazer alguma humidade para a estrada. Vamos ver.

Pouca gente inscrita, ao contrário do ano transacto. Então, a prova conquistou-me, pelos percursos, muito agradáveis, e com forte adesão das gentes da modalidade. Seja como for, esta é uma prova que se insere na perfeição no meu plano de incutir corrida no meu organismo e com o estilo marcado da modalidade, isto é, com transições. Expectativas? Muito boas: acabar sem mágoas. Tudo resto é crédito.

Agora, vou iniciar a minha activação para a prova. É só motivação!

Bons treinos!




Comentário ao Sprint de Ouro de João Silva!

02/09/10



A federação deu a conhecer em vídeo o que eu ainda não tinha visto, menos ainda observado, e tive a oportunidade de constatar alguns pormenores interessantes. Isto é, foram esses pormenores que valeram a enorme vitória do melhor triatleta nacional da actualidade. 
Tudo se passa num curto espaço e o João valeu-se não apenas da sua capacidade de aceleração final, mas igualmente do apoio do público e, acima de tudo este terá sido O pormenor, da sua sagacidade. Ele primeiro aproxima-se e mantém-se nas costas do Brownlee triatleta mais novo, depois faz um compasso de espera, escondendo-se literalmente atrás dele e dando ao inglês a sensação que não passaria dali, até que...salta num ápice para o Ouro, em metros que não permitem ao Brownlee qualquer tipo de reacção, mesmo que a pudesse ter, já que eu acredito que ele estava nas últimas. Ainda olha para o momento em que é ultrapassado, mas sabe que tem de abrir mão do título a favor do português. O atleta russo, Alexander Brukhankov, que entretanto ficou para terceiro, nunca esteve implicado na luta; estava completamente nas lonas. Fabulástico, João! 


O Vídeo, que pode ser encontrado no sítio da Federação de Triatlo de Portugal :



Duatlo de Viseu: Informação Importante.

01/09/10



Detectada uma discrepância entre a data anunciada e a referida no regulamento, dado que no documento a prova é anunciada para o dia 5 como sendo Sábado (4), e contactada a Federação, foi esclarecido que efectivamente a prova é no Domingo, nas horas referidas no regulamento, portanto, de manhã.

Deixo esta informação porque acredito que a Federação já não irá a tempo de rectificar/esclarecer esta situação. Recordo que aquando do triatlo de Penacova se passou algo idêntico, o que levou a que a prova acabasse por redundar num fiasco.


Bons treinos!