Campeonato XCO Vila do Conde: 2º L, Vet C!

29/05/11





Ora, aí está. Segundo prémio da minha primeira época "50 anos". Não tem muita estorieta para ser contada, a não ser que, enfim, alcancei o minimamente exigível; 4 participantes no escalão, sendo que o grande rival seria precisamente o que venceu. Ele que transportava no corpo a camisola identificadora do vencedor do ano passado da mesma prova, na mesma categoria. Não consegui superá-lo. Para que isso acontecesse, era preciso que tivesse treinado mais BTT e não fosse tão azelha com os encaixes nos pedais e com as desmultiplicações e em alguns trilhos mais técnicos do traçado.
O percurso era digno de um verdadeiro campeonato XCO, com vários drop's, muito técnico e igualmente muito físico, com algumas subidas extremamente desgastantes. Para terem uma ideia, a minha média cifrou-se em 13,30 kms/hra e o meu nível de esforço 97%.  Os participantes do meu escalão teriam 3 voltas pela frente, qualquer coisa para 45', o que veio a verificar-se.
Ao contrário do que era suposto, muitos ilustres na linha de partida, mesmo atrás de mim. Por isso, passado pouco tempo já me estavam a passar. Entre eles um Campeão Nacional, Mário Costa, em sub23, que recentemente esteve em Inglaterra em representação do nosso País.
A organização esteve muito bem, excepto na gestão do tempo e talvez no abastecimento final; as provas atrasaram-se e acabou-se por esperar demasiado tempo pela cerimónia dos prémios. Por outro lado, uma banca com fruta ao sol não lembra ao diabo. Porém, para uma prova tipo popular foi muito bom.
Uma palavra final para a homenagem que a organização prestou a Manuel Ferreira, atleta do meu escalão, que esta semana que agora finda faleceu vítima de um acidente desgraçado, enquanto treinava BTT. Apesar de muito provavelmente ninguém ligado ao seu clube e família vir a ler esta mensagem, deixo-lhes as minhas sinceras condolências. 

Companheiros, abraços triatléticos.



Prova XCO Guilhabreu!

28/05/11



Circuito - Altimetria
Percurso e altimetria da Etapa nº 4 - Guilhabreu
Até se me contorce a língua na cavidade bocal só de expressar Guilhabreu. Mas, é o nome desta localidade do Concelho de Vila do Conde onde amanhã irá decorrer a 4ª prova do Campeonato BTT de Vila do Conde. Num conjunto de 5 eventos, ainda não participei em nenhuma na presente temporada mal-grado a inscrição que efetuei em tempo devido e que custou alguns aérios. Não estava à espera de tantas contrariedades pelo caminho. Aliás, a ideia inicial seria sempre de participar nos dois, eventualmente três primeiros eventos, tendo por objetivo a preparação para a época. Chegados aqui, via-me de bagagens aviadas para S. Jacinto, por exemplo. Mas, não. Aproveito assim a oportunidade de participar num evento com forte cariz popular, embora participem alguns craques da modalidade no escalão "Prós", e alimentar o gosto. O percurso é fácil, o ritmo cardíaco, esse vai andar acima dos 180 bpm. Pois, que fazer? O género é explosivo. 
O programa não visa apenas o BTT, mas também um treino de corrida algures no parque da cidade da Póvoa de Varzim ou mesmo ali, no local. Tudo depende. Agora, o que eu sei é que há dois anos andei a "cheirar" os três primeiros lugares. Pode ser que amanhã traga mais qualquer coisa...pode ser.
E a propósito de "cheirar" qualquer coisa, também sinto, ou será impressão minha? de que em Peniche vai haver muito boa gente a querer "fazer-me a folha". ahahahahah Essa coisa do "cá te espero" e dos "milagres" e da "motivação" e etc e tal parece fragrância de rosmaninho que circula à minha volta.
Companheiros, vocês não se encostem porque eu estou cá para a luta. Peniche ainda madruga, mas se isto continuar assim...:))

Fortes abraços para todos os que "lá me esperam". E façam o favor de se divertirem amanhã. Boa prova!


Triatlo Longo de Aveiro: Lista de Inscritos e Previsão do Tempo!

27/05/11




É muito provável que esta prova constitua a última oportunidade do ano para  participar num triatlo longo em território Nacional. É certo que o calendário inicial prometia mais eventos do género, fazendo-nos sonhar com alguns, como por exemplo o previsto para a bela Península de Troia, com um excelente enquadramento paisagístico e desportivo. O Certo é que no separador do calendário da Federação não aparece mais nenhum. Por isso, e atendendo à realidade atual, acredito que este de Aveiro, baratinho, jeitosinho, constitua a derradeira oportunidade. Para mim, seria uma estreia, mas ainda é muito cedo para me aventurar a correr uma meia-maratona. Três semanas de corrida a pé não me permitem mais que sonhar. Vamos a ver se extra-muros resolvo essa questão do cumprimento do objetivo do ano.

Os participantes, ainda sem contar com as inscrições via fax e afins, são mais que muitos, o que prova cada vez a maior apetência dos praticantes em enveredar pelas distâncias longas e desfrutar durante mais tempo do prazer de competir. Prova igualmente que todos eles se preparam mais e melhor. E este é um dado muito interessante para a Federação, ao qual deve estar atenta, porque começa a saber a pouco haver apenas três provas do género no âmbito da sua organização, sendo ainda que uma delas é na bela ilha de Porto Santo. Uma última referência aos participantes; parece que vai ser uma prova sem os "ilustres", em masculinos, tirando o caso do José Estrangeiro que se encontra inscrito. Claro que há muitas estrelas, mas tudo gente do povo. Os nobres andam a fazer outras contas à vida. Em femininos, a Vanessa Pereira será a estrelas maior do género.

A previsão do tempo para a madrugadora manhã de Domingo prevê alguns aguaceiros, nada agradável para quem acaba de se levantar da cama. Mais tarde até poderiam ser bem vindos, dada a temperatura a puxar para o quentinho. O vento, esse vai tirar um dia e chatear outros. 


Para todos, votos de muito prazer no cumprimento do Longo de Aveiro.

Abraços triatléticos, companheiros.


PêPê = Peniche e Pontevedra!

24/05/11




É verdade, companheiros! Parece que é desta que posso anunciar que estou novamente em condições para regressar à mais amada das competições: o triatlo!
E não farei a coisa por menos. Após competir em Peniche, poderei vir a concretizar um sonho de pequenino: representar Portugal num evento desportivo. Ah! como sonhei sempre com isto e agora o triatlo devolve-me o prazer de tornar o sonho em realidade. Engraçado como a vida nos devolve sempre as oportunidades. Apenas teremos de estar preparados para as perceber, aceitar e segui-las. 
Enquanto escrevo assalta-me sempre a dúvida; e se acontece alguma coisa daquelas que me têm impedido amiúde de competir? e se os tais de gémeos resolvem...? A questão é apenas esta: Pontevedra estou inscrito, no Olímpico, pois claro. Peniche é só dar a ordem que o meu querido clube logo tratará do assunto. E como eles estão desejosos de me ver por lá, nas andanças. Sou apenas o único que ainda não vestiu a "camisola", este ano. A verdade é que tenho corrido, sempre cauteloso, mas de forma consistente, pisando os vários pisos, desde os macios aos duros, gerindo a coisa como se de uma flor de estufa eu fosse (é verdade, David, é verdade). Mas, tem de ser assim. Os meus receios serão mais psicológicos que físicos; necessidade de confiança. Já não era sem tempo.

É por isso com incomensurável prazer que faço este anúncio. O "gajo", esse anda com a pilha toda (1131 minutos de treino na última semana, só de prazer e tive de me controlar).

Companheiros, anda por aí muita gente a quem devo um forte e intenso abraço. Até breve, companheiros, até breve.


Reflexão VIII

22/05/11






Nós, os portugueses,

Com tantas qualidades, temos também defeitos. Mas, temos algumas coisas estranhas. Somos capazes de valorizar e exaltar as qualidades de muitos de fora, e ainda bem. Somos capazes e fazemos até questão de fazer dessas qualidades, que tão minuciosamente enumeramos tão extemporaneamente, muitas vezes, exemplos de estilos de vida, dando até a ideia de que aqui e ali não somos nada xenófobos, quando de fato o somos, aqui e ali. Mas, porque pretendemos seguir os bons mandamentos éticos e morais sobre os quais assenta a matriz religiosa da maioria de todos nós, camuflamos essa erva daninha que cá temos e disfarçamo-la, com cinismo ou hipocrisia ou ambas. Talvez por isto tudo tenhamos dificuldade em reconhecer o mérito que os nossos próprios alcançam amiúde por esse mundo fora. Talvez por isso sejamos levados a esquecer, e demasiado depressa, aqueles que por nós, e por eles mesmo, claro, deram a cara, o corpo, a alma, representando-nos nos grandes palcos mundiais. Também é verdade que nos esquecemos dos outros que não tendo nascido por cá, cá projetaram êxitos que assumimos como nossos, quando em representação dum emblema nacional. Mas, também estes rapidamente os tendemos a esquecer. Fácil, demasiado fácil é recorda-los a todos na desgraça, no infortúnio, no desdém. Fácil é celebrar com eles os seus êxitos, fazendo-os nossos também, mesmo quando não esprememos uma única gota de suor para o alcançar ou não dedicamos um segundo sequer para aperfeiçoar a arte que conduz ao êxito. Difícil é lembrá-los com dignidade e em respeito quando as sinuosas curvas que os atalhos da vida infelizmente têm os despistam numa qualquer ravina ou ribanceira, deixando-os moribundos. É tão fácil apontar um dedo a um caído em desgraça, tão difícil estender-lhe uma mão.
Por tudo isto lamento que nós portugueses não valorizemos para além do tempo, para além do momento, os históricos feitos que alguns de nós conseguem neste pequeno canto esquecido na parte ocidental da Europa; esquecido pelos outros e esquecido por nós próprios. 
Poucos foram os portugueses que alcançaram feitos épicos no desporto além fronteiras, até hoje. Gostava muito que o triatlo não seguisse os maus exemplos de outras modalidades e não esquecesse os seus, especialmente aqueles que fizeram da modalidade aquilo que ela é hoje no panorama desportivo Nacional.

Abraços triatléticos, companheiros.


Clássica Póvoa/Srª da Graça (ou Memorial Bruno Neves).

19/05/11




Faltam-me os dentes...
Era a minha primeira vez, a subida ao monte carismático da Srª da Graça. Já me haviam convidado para a "tareia", é verdade. As recusas prenderam-se com a falta de oportunidade e algum receio de ser montado pela bicicleta na ascensão ao dito, confesso. Mas, é daquelas coisas; sabes que o terás de enfrentar, não sabes apenas quando. É como a escalada à Torre, um dia destes estamos lá também.
Começava a movimentação...
O evento, organizado pela bikeservice e dinamizado pelo antigo ciclista Manuel Zeferino (excelente rapaz, apenas com aquele senão...), insere-se num conjunto de quatro provas (duas já estão concluídas) a pontuar para o Troféu Cidade da Póvoa de Varzim. 
Muita gente na linha de partida, todos fazendo parte de um largo e bem disposto pelotão, ansioso pela cornetada de partida, mas sabendo antemão das condicionantes determinadas pelo regulamento; roda fechada até Fafe e roda livre a partir daí. O percurso era bem atrativo, a despeito da dificuldade final; passagem por Fafe, subida da Lameira, descida, acentuada, para Mondim de Basto, e finalmente o "sacrifício dos cristãos" até ao alto da Srª da Graça. Aliás, é uma verdadeira dicotomia irónica a designação do ilustre monte velocipédico: por um lado, vislumbra-se uma paisagem fantástica no calvário que nos leva até ao alto, por outro, não há espaço para o humor nesse processo. 
Antes do evento propriamente dito, tenho de vos dizer que este fim de semana foi louco; uma ida e volta a Lisboa, no sábado, para o lançamento do primeiro livro de poesia da minha mulher, Maria João, de comboio, pois claro, e no domingo novamente acordar cedinho que é para não nos habituarmos muito ao conforto do descanso. E no sexto dia bíblico, enquanto a mulher tratava daquelas coisas que as mulheres têm de tratar antes dum acontecimento tão significativo, ainda houve tempo para andar a "correr" para correr vinte minutinhos, no belo parque das Conchas, e nadar trinta outros minutinhos na piscina da Ameixoeira (que saudades duma piscina assim, formal), juntamente com o meu enorme amigo Paulo Santos, também atleta do Fonte Grada. Resumindo; estava em pleno para a tal Graça de Srª.
Grande Rafael.
Ainda antes da partida, oportunidade para rever o bom amigo Rafael Lemos, que já foi "apanhado" comigo em outros eventos, e aqui registado, como hoje, e que continua a provar que está cada vez melhor.

Partida!
O compato pelotão começa a rolar, mas apesar da boa disposição, começam as travagens bruscas devido às tentativas do pessoal em rapidamente fechar as clareiras abertas em virtude da velocidade que o pessoal da frente vai imprimindo. Por vezes, o cheiro a borracha era tão intenso que parecia que estávamos num grande prémio de motociclismo. Era muita ansiedade. E não havia necessidade; antes da chegada a Fafe, a organização fez questão de rolar bem devagar (21 kms/hra) para permitir a reunião de todo o grupo. Claro que isto enervou muita gente. Nos entretantos, fui-me cruzando com mais gente conhecida e lugar às trocas de palavras de circunstância. Em todos, o mesmo "papão", a subida ao alto.
A entrada na subida da Lameira deu-se logo após a abertura das hostilidades. Já não me recordo à quanto  tempo pedalávamos, mas o vento de frente, intenso, e a subida, lenta e contínua, essa não esqueci. Tal como não esqueci que andei ali com duas mulheres na disputa, num dos grupos. Estes estavam destinados a formarem-se em função dos diferentes andamentos e outra constatação; o pessoal, em geral, não sabe mesmo pedalar em grupo. Era muita falta de trabalho coletivo, mesmo sem pertencermos à mesma equipa, e consequentemente, muito desperdício energético. 
Aparece um posto de abastecimento, já próximo do termo da continuada subida, e tenho de parar para receber um bidon. Perco o grupo, perco uma das srsª com imensa graça e corro atrás do desperdício. Confesso que ficar atrás das mulheres "enerva-me", especialmente no ciclismo ou btt, já que nas outras disciplinas resigno-me, e por isso lanço-me na perseguição do "meu" grupo. Entro na avisada e periclitante descida e a despeito de ver passar um gajo de "mota", vou com um outro companheiro e fazemos grande parte da descida em duo. Às tantas lá combinamos melhor e os benefícios foram os vários grupos que fomos alcançando, até um grupo final, momentos antes da entrada em Mondim de Basto. O monte já se fazia observar. Lindo! mas dali.
Como o grupo já andava a "banho maria" para a escalada final, eu desato e abro as hostilidades. Ouço votos de louvor, mas eles não ficaram muito para trás, correm atrás de mim. Ainda assim, entro na cabeça deste pelotão em Mondim, perguntando para trás por onde era a estrada do destino. Há cada um!

A Srª da Graça, 
não é nada de outro mundo. Tem um aspeto difícil; a continuidade que desgasta, desgasta...O seu declive médio é de 10%, mas tem zonas de recuperação e aí eu até me parecia bem. Deu inclusive para "pesar" um  pouco a desmultiplicação. A parte inicial é de fato dura, e a parte final é duplamente dura. Ou triplamente, porque no domingo, para além do aumento da inclinação, já nos 3 kms finais, e do desgaste acumulado, havia o vento de leste, que por esta altura se encontrava bem de frente.
A chegada foi algo emocionante porque me voltei a sentir como um verdadeiro ciclista. Claro que pelas razões do envolvimento; o pórtico de chegada, a música, as gentes, "corredores" apertados...e o prazer de vencer o desafiante desafio. Quando acabei, o meu corpo tremia por todo o lado. Sensação estranha. Encostei-me à banca do abastecimento, após encostar a burra, e enquanto ouvia o Zeferino a dizer não sei o quê ao microgaitas, despejei copos atrás de copos de bebida energética, como se um posso sem fundo fosse, e devorei pedaços de barras atrás uns dos outros, como se não comesse há quinze dias. Foi até empanturrar. A descida para o almoço deu uma ideia plena da dificuldade sentida a subir; quando cheguei cá abaixo, doía-me imenso os dedos de tanto travar.


A organização,

  1. Aspetos positivos: a capacidade de mobilização dos inúmeros ciclistas que participaram, o abastecimento, embora possa melhorar. O ambiente positivo e a camaradagem, o percurso, a segurança oferecida durante o evento e aqui louvar o trabalho dos agentes de autoridade; excelente. Aqui e ali, o apoio do público. O apoio àqueles que precisavam de transporte no regresso, o do pedalante e o do pedalado (meu caso); muito bom. 
  2. Aspetos negativos: a chegada após os primeiros; muita confusão à chegada, carros amontoados junto ao pórtico da meta, gente completamente desatenta à passagem dos ciclistas. Eu já senti um pouco este problema, mas quando iniciei a descida foi triste ver o esgar estampado no rosto daqueles que ainda se degladiavam com a subida e ainda tinham de se desviar ou mesmo deixar passar aqueles que queriam à força toda descer. Lamentável. Outro aspeto negativo foi a entrega dos prémios ou anúncio dos vencedores. Alguém ouviu? Não havia pódio, não havia zona específica para a consagração dos vencedores...não parece uma solução sequer. O almoço devia ser mais rico; uma feijoada, água, pão e fruta, e ponto! As bejecas e as colas tinham de ser pagas. 
Desta feita ganhei...um bronze à lavrador. Fiquei com mangas de pele, não sei se me entendem. Eu bem que andei a marcar o pessoal do meu escalão, mas quando aquilo começa a subir o importante é mesmo acabar. Aqui reparei que dois marmejos cá do escalão me ultrapassaram e que à minha frente sabia que íam pelo menos dois. O resto não sei mais nada. No final, quando o Zeferino me entregou o troféu da primeira prova, perguntou-me "que lugar fez?", eu respondi "como? Essa pergunta não era eu que a deveria fazer?"

Conclusão, bela manhã de ciclismo e a promessa de que à Srª da Graça hei-de voltar...de bicicleta, quero dizer.

Companheiros, abraços triatléticos.





O (tal de...) Prémio!

17/05/11






Companheiros, 

Eu não podia deixar de marcar este momento na minha "a modos que" carreira desportiva. Pelo significado que ele tem; três anos de treino, sendo que em nenhum consegui uma época regular (esta incluída), muitos quilogramas perdidos e horas de suor, dedicação, persistência, família em "pause", algumas vezes, alguns riscos próprios de quem anda na estrada de bicla, uma artrite que não mais me irá largar, mas que a venço a cada prova que concluo.
Aos 50 anos de idade nunca imaginei ganhar fosse o que fosse em ciclismo de estrada. Já perseguia uma coisa do género, mas em triatlo ou duatlo ou btt. Aconteceu e por isso aqui estou em comemoração (ainda, é verdade...), agora divulgando a foto do, por acaso, bonito troféu que me entregaram após a clássica do passado domingo.
Sabe tãooo bem.

Agradeço antecipadamente, companheiros. 



Nota: Aproveito a oportunidade para também agradecer os comentários deixados pelos companheiros no último post. Obrigado!


Esclarecimento!




A última mensagem deixou-me novamente a ideia de que há riscos que se correm opinando sobre acontecimentos que não são vividos "in loco" e quando não desejamos ler o que outros já escreveram, sob pena de deixarmos que suas opiniões nos possam influenciar. É um risco assumido, mas eu estou aqui de "peito aberto", como diz um amigo meu, sem preocupações demasiadas pelo polidinho, opinando pelo prazer da sua exercitação, mas sempre numa base de respeito por todos aqueles que prova após prova pretendem demonstrar que se preparam bem (ou menos bem) e que se divertem ainda melhor.  
Confesso que me desagradou muito (no mínimo) engolir a gaffe que cometi aquando da análise à prova do último fim de semana. Não é a primeira, não será a última, certamente. É a prova provada de que me encontro longe da perfeição, como se mais provas precisasse para o confirmar. Estarei em dívida. 
Não vou fazer, como agora está na moda, nomeadamente em alguns desportos, pedir desculpa pelos erros. Vou, antes, assumir a ignorância que tomou conta de mim e retirar algumas ilações do sucedido. O problema maior é que afinal não nasceu uma nova estrela no desporto nacional. E neste sentido, teria sido correto escrever-se "Triatleta Brasileiro vence em Portugal". O interessante é verificar que apesar de se tratar de uma seleção brasileira, desconhecendo se são estes os melhores representantes do seu País na modalidade, ainda deixámos uns trunfos de fora. E em femininos estivemos bem à altura. Se quisermos ver as coisas por aí. 

Bons treinos, companheiros.


Montemor-O-Velho; A Star Is Born?

16/05/11



Foto: Federação Triatlo de Portugal


A primeira etapa do evento mais importante do panorama competitivo português da modalidade, o Campeonato Nacional Individual de Triatlo, projetou um novo nome na senda das vitórias: Marcus Fernandes. Trata-se de um individual, sénior, vindo do anonimato, pelo menos para mim, e que bateu, na linha de chegada (ou terá sido nos milímetros finais dessa linha?), um grande nome da modalidade, Pedro Palma. Assim, como levou de vencida todos os craques que estiveram presentes na prova e muitos de renome, casos do Duarte Marques, Hugo Ventura, recente Campeão do Mundo de Triatlo Cross, em sub-23, Miguel Arraiolos, só para citar estes, porque a lista é considerável. A dúvida é mesmo essa: será que nasceu uma estrela no nosso triatlo? Este é um daqueles testes que não tem muita margem de engano. Mas, vamos esperar pelos próximos tempos.
No género feminino, novamente domínio de Anais Moniz. Sem rival, em parte porque Maria Areosa não esteve presente, outra parte porque as (e os) cadetes não puderam competir; regulamento dixit. 
Nos diferentes escalões, e a despeito de algumas ausências de peso em todos os escalões masculinos, não houve a competitividade já verificada em outros eventos recentes. O que não belisca em nada, precisamente nada, é tão só uma observação. Destaco o regresso em pleno de Miguel Fragoso, em V2, num escalão que anda em alta rotação. Outro destaque vai para Fernando Feijão, em V4, cuja diferença para o 2º classificado do seu escalão se cifrou em mais de 30'. Tive particular satisfação em voltar a ver Fernando Carmo de regresso aos pódios, em V1, escalão ganho por Emanuel Neves, outro destaque.
No meu escalão, V3, a prova de que o clube Vitória de Janes é quase imbatível em veteranos, tendo repetido a vitória aqui, depois de o ter conseguido em V2, desta feita por José Oliveira. 
Como se tratou de um campeonato individual não há lugar a classificações coletivas. Porém, não posso deixar de referir o bom desempenho de todos os atletas do Fonte Grada, cuja fraternidade e companheirismo está imbatível, perdoem-me todos os outros. Só lá falto eu, mas...a coisa pode estar para breve. Espero que Peniche me receba bem. A possibilidade de participar na prova de lazer foi posta de parte pela falta de consistência nos recentes hábitos de (voltar a...) correr. E como disse que iria ter juízo, preteri essa possibilidade a favor da Clássica Póvoa/Srª da Graça, em ciclismo, de que darei oportunamente conta da sua estória.

Abraços triatléticos, companheiros.




Campeonato Nacional de Triatlo, 1ª Etapa (Montemor-O-Velho): Previsão do Tempo e StartList

13/05/11



Não sendo possível obter a previsão do tempo exata para o local da prova, apresento-vos por aproximação. No caso Figueira da Foz, que não sendo em pormenor a mesma coisa, dá uma ideia mais próxima do que Coimbra, por exemplo. E parece que não será pelos humores do tempo que haverá razões para haver queixas; temperatura muito aprazível, não tão boa como a que tem estado, mas muito boa para a prática desportiva intensa, que é isso que se espera na manhã de domingo. Algum vento, mas para a Figueira. Montemor talvez apanhe alguma coisa.

Relativamente à startlist adiantada pela Federação, algumas novidades interessantes nos segundos planos; a presença de António Horta  em V2, precisamente um dos escalões onde se prevê uma acesa luta pelos lugares de topo. Também registo a presença da maioria dos "blogueiros" conhecidos, alguns deles com muita "fominha" de competição. Registo a ausência de alguns dos maiores vultos atuais da modalidade, mas no género feminino estão lá todas as estrelas. Falta infelizmente a "nossa "querida" Vanessa Fernandes.
Tenho para mim que dois amigos irão sofrer muito nesta prova: um sofrerá dos seus lombares, outro não sei bem do quê, mas sei que irá sofrer. Palavra de escuteiro.
No total, prevêem-se 207 triatletas, exatamente um número em concordância com a situação de crise que vivemos. Já se viveram melhores dias.

Para todos vós, uma boa prova e muita diversão.

Abraços tiatléticos, companheiros.




Eu de Euforia!

10/05/11




Aviso
Para as pessoas sensíveis, esta é uma comunicação prenhe de narcisismo, reveladora de um estado momentâneo de ausência de filtros do Super-Ego.

"Camaradas, pá!", nem sei que vos diga. Estou eufórico. Hoje recebi uma chamada do Manuel Zeferino, pá, a informar-me, pá, que tinha ganho o 3º L na Clássica da Primavera, pá. No meu escalão, claro. Fiquei eufórico, camaradas. Afinal, aquela coisa ainda mexe, pá. 
Eu sei que muitos de vocês olham para isto do tipo "ãh?sim, e depois?", mas é que é o meu primeiro troféu desde que me transformei em atleta de competição. E depois, é o primeiro prémio duma época e especialmente numa disciplina onde jamais pensei alcançar alguma coisa. No longínquo passado sonhei, agora materializei. Para quem há 3 anos tinha 96 kgs (hoje tenho 68) e nunca tinha participado antes de 2009 num evento deste tipo, é um troféu ainda com mais significado.
Eu bem me parecia que teria havido alguma razão para me terem perguntado o nome, em plena prova. 
Não, não vou para a rua comemorar, mas o dia vai correr ainda melhor e os treinos serão vividos com mais sorrisos e com mais prazer, se possível. No próximo domingo, quando subir ao pódio para receber o prémio, vou sentir...especial. Depois mostro-vos a foto.

Camaradas, pá! treinem bem que vale bem a pena, pá.

Abraços pra todos, pá!


Balanço da Época: 2º Momento de Avaliação!

09/05/11





Correndo o risco de percorrer novamente o muro das lamentações, mesmo sem a matriz judaica na base da minha formação ética e moral, encontro-me no mês de Maio sem conseguir o propósito dos propósitos no que à prática competitiva diz respeito. Isto é, competir nos calendários de triatlo.
Por outro lado, contava encontrar-me na fase 2 da minha preparação, mas a troco de uma possibilidade, remota que seja, de resolver a questão número dois que me apoquenta, aquele problema plantar do pé esquerdo, caminho para a terceira sessão do "reposicionamento da fáscia", que me obriga a parar nove dias, na totalidade, três a seguir a cada tratamento. Pronto! Há que porfiar. O problema é que a forma vai-se ou foi-se (e martelo...) e nos restantes dias corro atrás dos prejuízos, procurando compensar o tempo, não direi perdido, porque nada se perde, tudo se transforma, mas reativar os diferentes sistemas envolvidos na coisa do treino. Resultado: não está fácil pegar nas pontas e voltar ao ponto anteriormente deixado. Porém, e esse aspeto é crucial, encontro-me em boa forma psicológica. E se ajuda. 
O problema número um que me afeta ainda anda de costas voltadas para mim. O meu gémeo direito ainda padece dos malefícios de uma contratura (diz o meu fisioterapeuta), que teima e teima em me impedir de correr continuamente e sem queixas. Na outra semana recomecei e na semana passada tive novamente de parar, movido pelas queixas entretanto sentidas, mesmo quando se trata de correr em passadeira. Parece-me que as cautelas me fizeram bem e que estarei novamente em condições de recomeçar, mas...tenho de parar estes dias que se avizinham. Disse para mim próprio e tenho cumprido: vou ter juízo.
A época, embora longe do fim, vai-me deixar de lado dos acontecimentos mais importantes por mim (e para mim) delineados, mormente a concretização do objetivo de participar (e concluir) os triatlos longos. 
Olhando para o calendário, depois de Aveiro parece não haver mais nenhuma possibilidade. A não ser que Troia e Quarteira renasçam das cinzas e voltem a estar na agenda. Com esta crise, não acredito. A possibilidade de cumprir um calendário normal do campeonato nacional de triatlo também está hipotecada. Então, o que resta? O que houver até ao fim do ano, seja lá o que for e onde for..? Bom, aqui é que a porca torce o rabo. Ao preço a que estão as deslocações, nomeadamente o combustível e as portagens, só para referir estes dois fatores de despesa, qualquer saída acima dos 300 kms tem de ser muito bem ponderada.
Este ano, ainda não vesti o fato de triatlo ( a crise também anda a afetar os custos com a manutenção da piscina exterior de Esposende). A natação, essa já viveu melhores dias e tardo em acertar na consistência; nem umas braçadas na barragem ainda fiz. Mas, anseio por recomeçar normalmente à atividade. 
Próximo domingo pretendo participar na 2ª prova do Troféu de ciclismo da Póvoa de Varzim, que ligará esta cidade à Srª da Graça. Nunca fiz este trajeto e vai ser durinho após a obrigatória paragem, mas tem de ser. Haja saúde e força nas canetas. 
Entretanto, vou fazendo contas aos resultados dos meus mais diretos adversários, aqueles com quem meço forças niveladas, independentemente dos escalões. É todo um exercício que qualquer um de nós fará, penso eu. Especialmente porque somos competitivos. E lanço-me na imaginação dos "ses" que não me levam a lado algum, concluo. Mas, após cada evento lá estou eu a somar dois mais dois numa equação impossível de concluir apenas porque não estou lá.
Das provas entretanto realizadas, apenas três, todas elas me deram bons indicadores e todas elas me encheram as medidas, mas todas elas foram de...pedaleira. Quer dizer que andarei aí pelo nível de forma 1,5 (de 0 a 3). Bastar-me-á agora um mês de dedicação intensa e rapidamente alcançarei o nível seguinte. E correr regularmente; falta-me muito isso. E como está bom tempo para correr ao fim do dia ou manhã cedo!
Entretanto, vou-me meter numa aventura muito gira, lá para o fim de Julho. Eu e o meu grande amigo Paulo Santos, também atleta do Fonte Grada. A seu tempo darei notícias. Já desvendei alguma coisa no facebook (é verdade, também estou lá, já há algum tempo, mas só agora lhe tenho dedicado tempo).
Resumindo e concluindo; cá estamos, meio empanados, mas vivos e prontos para a luta (camaradas, pá!)


Caros companheiros de triatlo, forte abraço.  


Triatlo Longo de Lisboa; Opinião e Imagens.

04/05/11



O TL de Lisboa tem vindo a marcar o calendário do triatlo em Portugal, mas também a aglutinar as atenções dos triatletas europeus. Este ano, a vitória sorriu ao memlhor triatleta português de longa distância - Pedro Gomes, extraordinariamente secundado por outro grande atleta da resistência - Lino Barruncho. Foi pena que a organização não conseguisse atrair mais atletas profissionais, mas isso não belisca em nenhum milímetro a fantástica vitória lusa. 
Aliás, a prova de que o triatlo nacional está no caminho certo, se ainda fosse preciso convencer alguém, foram os resultados alcançados pelos atletas nacionais não só nesta edição de Lisboa, mas também no Campeonato do Mundo de Triatlo Cross, que decorreram em  em El Anillo, de que a federação da modalidade tem dado o merecido destaque.
Mas, não só ao nível da alta competição se prova que o investimento na preparação dos atletas é uma realidade sem discussão. Se repararem bem, não há praticamente nenhum escalão, no género masculino, onde os portugueses não tenham alcançado pelo menos um dos três primeiros lugares. Extraordinário! Mais, em termos gerais, os portugueses classificaram-se quase sempre próximo dos lugares cimeiros. Quando se diz ou escreve que a malta anda a dar-lhe bem, aqui está a prova efetiva resultante do confronto direto com os nossos parceiros europeus. Que dizer? Parabéns, pessoal, muitos parabéns. 
No meu escalão, quatro portugueses nos quatro primeiros lugares. Destaco o segundo lugar do meu colega de equipa, António Moura. Fantástico.
No setor feminino, a participação lusa para além de menor em termos relativos, anda a dar os primeiros passos e aos poucos vai aparecendo gente interessada na longa distância. Só depois é que os resultados poderão surgir. Seja como for, a Vanessa Pereira alcançou um resultado interessante (4ºL). 

Deixo-vos as imagens da prova, da autoria do meu grande amigo Paulo Santos e a quem agradeço a autorização da sua publicação.

Abraços triatléticos, companheiros.

Segmento de Natação:
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Segmento de Ciclismo:


Segmento de Corrida:




A Clássica da Primavera Foi Assim...

01/05/11




Não, não é apenas o que a imagem sugere, mas também...isto é, uma festa. Pelo menos, para mim e para o amigo e companheiro Pedro Brandão. Acredito que para muitos outros. Este evento foi sempre visto como uma etapa no processo de treino para o grande objectivo; o triatlo. Mesmo quando me esperam 6 dias, no total, de paragem forçada, resultado do tratamento específico para a fáscia muscular, designado por reposicionamento da dita. No mínimo, tenho de me dar a oportunidade de tentar aquilo que ciências exatas não conseguem resolver. As ciências e as maleitas da idade.
Mas, esta clássica tinha para mim um grande ponto de interrogação: será que desta vez iria conseguir acompanhar o pelotão principal? Da minha curta experiência no metier já antevia que os andamentos iriam explodir assim que a coisa começasse a ficar séria, o que no caso será dizer logo no início. O regulamento dizia que a primeira volta seria de reconhecimento e em ritmo controlado pela organização. Sabia que pelo menos os primeiros 16 kms de 70 total estavam garantidos. O resto seria conforme poderia. 
A presença do amigo Pedro Brandão, a despeito de outras presenças de gente conhecida, garantia solidariedade na causa, mas acima de tudo um convívio retornado e outras vezes adiado pelas circunstâncias da nossa própria vida, mas ansiado, já que em tempos fizemos um treino junto, assim como a maratona do Porto, entre outras coisas. Portanto, um companheiro a valer já de alguma data. 
A primeira volta não teve estória. Já o mesmo não posso dizer da segunda porque há um momento marcante na prova que iria determinar os posicionamentos de muito boa gente. Antes, pude vislumbrar algumas tentativas de fuga. Até me senti tentado a desafiar o Pedro para também nós sairmos por ali fora. Foi sensato ter ficado apenas pelo pensamento, porque o circuito tinha duas passagens por paralelo, sendo que uma delas me deixava sempre marcas, como à frente irei dar conta. 
Na longa reta até à freguesia da Estela, ainda antes, há uma queda coletiva. Por pouco não me apanhou. Circulava bem posicionado, mas a uma distância suficiente para contornar o grupo envolvido. Aqui deixei de ver o Pedro e reparei que o pelotão da frente tinha sido forçadamente diminuído  pela queda. Fiz um esforço para me chegar à frente e consegui. Até estava espantado por ainda conseguir acompanhar os primeiros, apesar de ainda vislumbrar penso que um duo ainda em fuga. A repetição da passagem pelo paralelo volta a dificultar-me a vida. Penso porque os outros não sentem a mesma dificuldade que eu, ou então...eu nem deveria estar ali, junto com aquela gente. Os efeitos no desgaste senti-os mais à frente, quando na reta  de Laúndos para a Póvoa, numa inclinação do trajeto, perco definitivamente o pelotão principal. É aqui que revejo o amigo Pedro, que se havia atrasado em resultado daquele embrulho de gentes e biclas. A partir daqui forma-se um grupo, restrito, um segundo pelotão, mas eu ainda não estou refeito e ando ali no elástico montes de tempo. Chega-se-me outro ciclista e os dois fazemos um forcing para nos juntarmos ao grupo muito bem liderado pelo Pedro, que quase exclusivamente puxava a carroça que me antecedia. E lá nos conseguimos juntar. Só que eu não sou de me ficar a ver os outros a carregar o fardo e fui também colaborando na frente do grupo, sempre com o Pedro em grande disponibilidade. Abordamos novamente aquele maldito paralelo e lá ando eu no vai-vem...começo a pensar que vou ter de largar a corda. Lá consegui reentrar e novamente começo a entrar na colaboração do comboio. Má decisão. Na tal subida onde perdi o pelotão, volto a perder agora este grupo. E pior, fico isolado, completamente só. Aproxima-se a fase mais difícil, com vento norte e seria muito mau andar assim como eu ía, só. Tento juntar-me, já que eles estão mesmo ali, parece até que é só esticar o braço, mas não. Chegamos à tal fase contra a nortada e abdico. Olho para trás, nada. Mais à frente volto a olhar pelo retrovisor e finalmente apercebo-me de outro pequeno grupo que aí vem. Decido aligeirar a pedalada e esperar. Assim foi, vinham a pedalar forte e só tive de me esforçar para me integrar. Na cauda, claro. Conseguimos ver o grupo liderado pelo Pedro, mas iria tornar-se impossível alcançá-los, até porque havíamos entrado na última volta. 
Antes do final, ainda uma ocorrência de registo; um dos elementos que puxava e bem pelo grupo (eram essencialmente dois, eu resguardava-me...vinha aí o paralelo e mais adiante a subida que me tinha custado a perca dos grupos onde ía) vê saltar-lhe a corrente. Todos reduzem, mas eu e um puto que vinha connosco vamos pedalando em jeito de espera. Só que nada acontece, ninguém vem. Decido avançar e o chavalo comigo. Assim andámos até à Póvoa, altura em que dois dos que tinham ficado para trás nos alcançam. E juntos vamos para a meta. Antes, desafios para um sprint. Ninguém acede, apenas o jovem adulto. O Pedro já havia chegado e eu fiquei contente com a minha, digamos que, "digna participação".
No final, comentei como o Pedro que os comissários tinham-me questionado sobre o meu dorsal. Fiquei na dúvida se teria ficado em algum dos lugares do pódio no meu escalão. Dúvidas desfeitas pelo anúncio feito ao microfone.
Depois, e após 15 minutos de corrida ligeira no parque da cidade, onde já se realizou, em 2010, um duatlo btt, o verdadeiro prémio, conforme a foto documenta. As sensações resultantes da corrida foram hoje difusas. Sinto que tenho de ter juízo e calma, muita calma. Mas, continuo aprumado a Peniche.


Eu e o Pedro cimentámos uma amizade bonita, e aproveitámos para nos dar a conhecer mais amiúde na nossa forma de ser e na nossa estória de vida. Foi um momento muito bom, Pedro. Obrigado pelo teu companheirismo e amizade.   

E assim foi a Clássica da Primavera. A próxima prova será no dia 15 de Maio. Vamos ver se poderei participar. Claro que o TL de Lisboa fica-me atravessado, mas sobre esse evento escreverei posteriormente.

Abraços triatléticos, companheiros, e Grande Dia do Trabalhador!