Sérgio Silva Perde Título Mundial de Duatlo!

18/02/12



Segundo a ITU, o nosso companheiro Sérgio Silva, um dos mais prestigiados atletas mundiais de duatlo, perdeu o título de Campeão Mundial de Duatlo, alcançado em Gigon, em Setembro último e por ocasião dos campeonatos do mundo da modalidade.
Estranho foi ter recolhido esta informação por acaso, numa revista online de triatlo, e não no sítio da Federação de Triatlo de Portugal.


Toda a informação em http://www.220triathlon.com/news/sergio-silva-loses-his-gold-world-duathlon-title

Um forte abraço para o Sérgio.


Pause...Rewind...Play...



Duas semanas completamente parado para debelar uma gripe! Não me lembro de tamanha saga, mas aconteceu . Eis o ponto da situação.
Neste regresso, paulatino, aos treinos, dói-me tudo. Até o rabiosque se esqueceu da dureza do selim. Mas há benefícios. É que agora enquanto treino também faço trabalho de reforço muscular abdominal em simultâneo, por força da tosse. Tal o congestionamento pulmonar. Vou precisar no mínimo de duas semanas para voltar a entrar no processo em que me encontrava antes disto tudo acontecer e após limpar este organismo dos antibióticos, xaropes, aérios e outras tretas do tipo.
A novidade é que voltou a correr-se  e em pisos duros. Calminho, mas voltou-se. E se isto ajuda a sorrir. E se motiva. Aliás, qualquer impedimento físico/fisiológico comporta igualmente uma carga de desmotivação que em dado momento e/ou pelas suas carateristicas, pode fazer a diferença entre o sorriso do sol e a sisudez da lua.

Abraços triatléticos, companheiros. 



Duatlo das Lezirias; E Vivam os Velhos e os Novos...

12/02/12




Afinal, jogar em casa sempre dá vantagem (?). Isso até poderá ser verdade para os desportos coletivos, onde a irracionalidade das massas transmite algo mais do que a metodologia do treino alguma vez poderá antever. A verdade é que já toda a gente do meio conhece sobejamente os trilhos que se pisam nas Lezirias, logo, qualquer vantagem que alguém mais conhecedor dos percursos pudesse retirar não passaria de pura ilusão. Na verdade, nos desportos em que a dominante resistência aeróbia prevalece, quer combinados, quer sem combinação, a lei é simples: ou se tem pulmão ou o melhor é voltar a treinar mais e melhor. 
João Pereira arrasou a concorrência presente e se no ano passado andou uma época meio titubeante entre o muito bom e o simplesmente bom, aqui e ali excelente, este ano, olímpico, convém não esquecer, pretende assegurar um lugar no difícil lote dos três representantes nacionais masculinos na modalidade de triatlo. E o simpatiquíssimo João esteve em grande destaque. Os também concorrentes às vagas olimpicas, Miguel Arraiolos e Duarte Marques,  estiveram em bom nível. Registo igualmente o número de atletas que estiveram em destaque na corrida inicial com vários a correr  abaixo dos 3,20/km. Assim como no segmento ciclista, com outros tantos a pedalar acima dos 32 kms/hra.
Outro destaque vai inteirinho para a jovem cadete Luísa Condeço, do Águias de Alpiarça, que confirmou o estatuto atual de uma das melhores atletas femininas da modalidade, se não mesmo a melhor. Por duas razões: porque ultrapassou Anais Moniz, a campeã nacional de triatlo e porque acredito que a Luísa se portará muito bem quando a água fizer parte dos obstáculos a ultrapassar. Aliás, a competição entre as atletas citadas terá sido muito disputada até ao momento do segmento final, onde a atleta do Alpiarça se destacou. Patrícia Serafim também entrou na luta até ao segmento de btt, mas ter-lhe-á faltado as rampas para se manter até ao fim com as da frente.
Nos diversos escalões há algumas singularidades: um V1 (Luís Manuel Almeida, Olímpico) num fantástico 8ºL. Aliás, o top V1 fechou ao 26º Lugar, com um atleta do Peniche AC (Joel Marcelino), especialista em duatlo. O primeiro V2 (António Calafate, Golegã) aparece após o fecho do pódio em V3!!! Aliás, os três primeiros no meu escalão estiveram a um nível fantástico e com parciais de fazer inveja a quem quer que seja. António Horta, do Praças da Armada, venceu este escalão e entra em grande na presente época. Mas, os 2º e 3º classificados é gente ilustremente desconhecida e elevam o nível de tal maneira que consagrados no escalão não conseguiram chegar-lhes. O primeiro V4 (Carlos Cabrita, Louletano) aparece no 88º L da classificação geral e acima, muito acima do 2º classificado no escalão. 
546 concluíram a prova, e a federação em boa altura alongou a prova, aumentando-lhe as distâncias em todos os segmentos, criando assim uma dificuldade que o traçado dos percursos não apresenta. 
O meu clube Fonte Grada desta feita não conseguiu o destaque que havia alcançado no Jamor, mas o facto de se ter apresentado sem alguns dos seus protagonistas explica os resultados alcançados.
Duma coisa é certo; as "gentes" andam empenhadas, confirmando o entusiasmo pela preparação já verificado no ano passado. A luta está aí para durar. E José Luis de Matos esteja onde estiver, estará orgulhoso da prova que a título póstumo apadrinha. 


Continuação de bons treinos, companheiros.


Duatlo das Lezírias: Previsão do Tempo e Lista de Participantes.

09/02/12




Próximo fim de semana, decorrerá a segunda prova da época desportiva 2012, da responsabilidade da Federação de Triatlo de Portugal - o Duatlo das Lezírias, a contar para a Taça de Portugal PORterra. Estão previstos muitos, muitos praticantes, ocasionais e não da modalidade, também para se juntarem numa homenagem ao atleta internacional José Luís Matos, natural da localidade ribatejana de Vila Franca de Xira e precocemente desaparecido num acidente de ciclismo. Infelizmente, vão acontecendo estas desgraças.
Para além dos inúmeros individuais que irão participar, destaque para a representatividade do Alhandra Sporting Clube, Olímpico de Oeiras, Núcleo Sportinguista da Golegã, Peniche AC, Manique de Cima e DAR de Recardães, que apresentam verdadeiras "armadas".
Mas, o programa não se circunscreve à prova rainha do Domingo, antes se inicia no sábado com o Duatlo Promoção e Duatlo Jovem. 
Os troços de terra batida irão ser estreitos para acolher tanta azáfama. Este ano, prevê-se que haja frio, mas sem chuva, ao contrário do ano passado, que terá constituído das provas mais difíceis dos últimos anos. E apesar do anúncio do frio, com tanta gente à partida, o calor humano será tanto que até vai dar suor.
Muita diversão e uma grande prova para todos vós.




Uma Viagem pelo Doping Genético.

05/02/12




Se Roger Bannister tivesse hoje afirmado que os atletas não nascem iguais, o mundo desportivo, em especial, não teria ficado tão chocado como  ficou na década de 50 do século passado, quando aquele corredor produziu essa afirmação. Não é por acaso que já há muito os finalistas das provas de velocidade são quase sempre negros. Curioso é saber que todos os finalistas dos 4 últimos jogos olímpicos têm origens na África Ocidental. Assim como nas longas distâncias, as atletas com origem na África Oriental têm dominado a cena dos grandes eventos desportivos mundiais. A constituição genética determina de igual modo o nível da nossa prestação desportiva.
Desde que se começou a decifrar o mapa genético que os cientistas vieram a público identificar os genes aparentemente responsáveis pela performance desportiva. Em 2000 já tinham sido identificados 30 desses genes e suas variantes. Hoje em dia o número já atingiu a cifra superior a 150 e continuará a aumentar. 
Dois casos interessantes valerá a pena referir. 
Eero Mäntyranta
1º Caso - O Finlandês Eero Mäntyranta surpreendeu tudo e todos em 1960 quando então ganhou a sua primeira medalha de ouro nos jogos olímpicos de inverno, em Squaw Valley (Califórnia), integrado na equipa de estafetas de fundo do seu país. Para além de outras medalhas ganhas em campeonatos do mundo, nas olímpiadas de 1964 e 1968 ganhou "apenas" 5 medalhas (2 de ouro, 2 de prata e 1 de bronze). Mäntyranta era um atleta com morfologia atípica  para o esqui de fundo, devido à sua altura (1,70 mtrs). Esteve sempre sob a suspeição do recurso ao doping. Porém, vinte anos mais tarde biólogos moleculares descobriram o segredo deste atleta: apresentava uma rara mutação genética que lhe permitia a absorção pelo sangue de elevadas quantidades de oxigénio, fruto do seu metabolismo ser especialmente sensível à EPO (eritropoietina), hormona que estimula a produção de glóbulos vermelhos. Verificou-se que esta mutação genética não era apenas uma caraterística sua, pois muitos dos seus familiares apresentam a mesma mutação.

2º Caso - Michael (nome fictício) nasceu em 2000 e destacou-se desde cedo pela sua composição muscular, demasiado desenvolvida para um bébé. Aos 4 anos de idade conseguia suportar alteres de 3 kgs com os braços estendidos. Investigações realizadas pelo neurologista pediátrico Markus Schülke permitiram concluir que em 1º lugar a criança era saudável; em 2º lugar, que a criança havia herdado a musculatura de sua mãe, de forte compleição, assim como noutros familiares;  em 3º lugar, Michael apresentava uma mutação genética. Isto é, o organismo da criança não produzia miostatina, hormona responsável pela regulação do crescimento muscular.

Terapia Genética                                                 

O recurso às técnicas terapêuticas para a melhoria da qualidade de vida daqueles que, por uma razão ou outra, padecem de uma doença grave que os limita, é aceite por todos, assumindo-se desse modo o risco quando perante uma questão de vida ou de morte. O processo tem por objetivo o transporte do material genético para o interior do núcleo celular de modo a que passe a fazer parte da cadeia genética da célula do indivíduo. Este tipo de terapêutica é conhecida por "terapia genética somática". Isso quer dizer que as modificações produzidas nas células estão limitadas ao paciente e não poderão ser transmitidas à sua descendência. No entanto, também a terapia genética "germ-line", que recorre às células reprodutivas, seria possível, mas é demasiado controversa para estar na agenda atual, devido à dimensão ética que levanta.
Ora, estas técnicas levantaram há já bastante tempo a curiosidade dos agentes desportivos que buscam as soluções mais fáceis para o alcance do êxito, quando tudo o resto lhes parece escapar. E embora a margem de segurança na terapia genética tenha aumentado imenso porque é conduzida debaixo de um protocolo de rigor máximo, mas não sem riscos uma vez que apesar dos bons sucessos alcançados, também foram registadas complicações severas após aplicações de terapia genética de que resultaram a morte súbita, doenças auto-imunes, cancro, etc. 
Importa igualmente observar que a sua utilização num indivíduo normal para fins de aperfeiçoamento do seu rendimento desportivo nunca resultaria em alguém sem qualquer perfil atlético. 

Doping Genético 

Uma verdade que é de imediato assumida é a de que alguém dopado no seu material genético ficaria/ficará para sempre dopado. Os exemplos resultantes das experiências produzidas em cobaias são ilucidativos:  num caso, experiência com ratos que foram dopados com a inibição do gene responsável pela produção de miostatina. A consequência foi de que a sua esperança de vida foi reduzida para metade.  Noutra, também com ratos, Max Grassmann (Instituto de Fisiologia Veterinária da Universidade de Zurique) transferiu o gene humano da EPO para ratos. O resultado foi um aumento muito significativo da sua capacidade de produzir sangue, mas este era tão espesso que afetou a capacidade de absorção do ferro pelo organismo e de tal maneira que colapsou os rins, os nervos ficaram afetados e os músculos definharam. Também viveram metade do tempo.

Suspeita-se que os jogos olímpicos do Rio de Janeiro           
 marquem a entrada do doping genético em cena. Na realidade, não se sabe muito bem se já não terá sido usado. Tudo é possível em lugares onde os direitos humanos são relegados para segundo plano, em detrimento da medalha, símbolo da força de uma ideologia, de um mito ou de uma glória, por mais efémera que seja. O que se sabe é que a metodologia do doping  continua à frente do seu controlo e da respetiva deteção imediata. Mas, a ideia de que possa haver atletas geneticamente modificados foi suficientemente aterradora para que a Agência Mundial Antidopagem tivesse corrido a proibir o recurso a tal procedimento. Foi a primeira vez que a AMA baniu um tipo de dopagem antes mesmo deste ser detetado.
Porém, o recurso à manipulação genética no desporto não é uma questão pacífica em toda a comunidade desportiva. Há quem defenda que o tratamento de uma lesão, por exemplo, carece do mesmo direito às técnicas terapêuticas a exemplo da terapia genética; para uma melhor e rápida recuperação. 
Há um perigo iminente quando se pretende rescrever as leis de Deus, e interferir no equilíbrio do complexo organismo humano é como  brincar à cabra cega; nunca se sabe onde iremos acertar.

Abraços triatléticos, companheiros.



Fonte: www.idesporto.pt e canal por cabo "Odisseia", sobre doping genético.





Tá difícil!!

04/02/12



Já lá vão 4 dias e nada!! Um vírus como nunca domina-me, depois de ter sido "convidado" a radicar-se por cá. Depois de um período interessante, em que tudo estava a correr bem ( tudo, exceto a questão da lesão    e da corrida) esta paragem forçada vem condicionar esta última fase. Veremos se condicionará algo mais do que isso. Para já, não se vislumbra luz ao fim do túnel, embora ela há-de aparecer.

Bons treinos e abraços triatléticos, companheiros.


10º Encontro Luso Galaico 2012 de BTT (Esposende)!

01/02/12







"Eu adorei, como já disse, e mais digo; até gostaria de fazer uma prova que cruzasse dois dias; isto é, saída no sábado e chegada no domingo, com percurso nocturno ou o caneco. Eu até alinhava numa coisa assim".


Não sei se me deram ouvidos a propósito da edição do Luso Galaico BTT do ano passado, tendo escrito as palavras que cito acima, quando então elaborei a crónica sobre o evento em que participei. Referia-me à variante Extreme, onde, para além de perder dois dentes e redecorar o meu queixo, experimentei sensações muito boas.
Para minha surpresa, a edição Extreme deste ano é constituída precisamente por dois dias, sábado e domingo, pelos montes e ruelas, povoações e improvisos, para além do concelho de Esposende, mas dentro dos limites minhotos. 
O edição do presente ano decorrerá no fim de semana de 21 e 22 de Abril. E claro! já me listei no Extreme deste ano, para pedalar 190 kms (será que serão mesmo "apenas" esses os quilómetros?). A pernoita está agendada para Caminha e daí se seguirá para Esposende. Já ouvi dizer que o primeiro dia terá uma altimetria para além dos 3000 metros de acumulado. A dois meses e meio do evento, já há vários inscritos. O preço da inscrição é anti crise (15€) e por mais 5€ cada participante tem direito a um jersey alusivo à prova. Ah! e navegação por GPS.
Mas, o melhor é mesmo deixar-vos o endereço para consulta.  

Abraços triatléticos, companheiros.